Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (NASA), mais de 500 mil detritos de lixo espacial, incluindo satélites inutilizados e peças de equipamentos, orbitam e ameaçam o planeta Terra viajando a velocidades que ultrapassam os 30 mil quilômetros por hora
Em meio a debates ambientais sobre desmatamento, aquecimento global e crise hídrica, um outro assunto tem chamado a atenção de especialistas do mundo inteiro. Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (NASA), mais de 500 mil detritos de lixo espacial, incluindo satélites inutilizados e peças de equipamentos, orbitam e ameaçam o planeta Terra viajando a velocidades que ultrapassam os 30 mil quilômetros por hora.
No último dia 19, um desses detritos fora de controle acabou entrando na atmosfera terrestre e gerou um rastro de fogo no céu, que chamou a atenção de moradores de várias cidades no litoral de São Paulo. Segundo o professor Amaury de Almeida, chefe do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP), não há dúvidas de que o incidente foi causado por lixo espacial.
Além do risco de causar danos a outros equipamentos que seguem em funcionamento no espaço, o lixo espacial também pode atravessar a atmosfera e acarretar acidentes no planeta. No Brasil, o tema ainda é pouco debatido, mas já conta com grupos de pesquisa e representantes internacionais que querem tentar, pelo menos, diminuir os problemas e os riscos.
Para o diplomata André João Rypl, entre os problemas relacionados às atividades realizadas no espaço, o lixo é o mais urgente. “A principal questão dentro da sustentabilidade é você pensar em como gerar menos detritos. Em termos políticos, a preocupação tem que evoluir para alguma tecnologia que remova esses detritos que hoje estão no espaço”, afirma.