Maioria dos candidatos ao Senado diz ser a favor da medida, desde que o cidadão esteja preparado
A maioria dos candidatos ao Senado Federal pelo Espírito Santo é a favor da liberação do porte de armas para cidadãos comuns, desde que eles estejam aptos mental, física, tecnicamente e sem pendências com a Justiça.
Dos 11 concorrentes, seis são favoráveis ao armamento de civis, como forma de defesa; quatro são contra e um não se posicionou.
Compõem o bloco dos que defendem o armamento: Magno Malta (PR), Ricardo Ferraço (PSDB), Marcos do Val (PPS), Rogério Bernardo (PMB), Ulisses Pincelli (Novo) e o Subtenente Assis (PSL).
Já Célia Tavares (PT), Mauro Ribeiro (PCB) e Liu Katrine (Psol), todos de esquerda, são contra a liberação do porte de arma para a população. Candidato de centro, Fabiano Contarato (Rede) também não apoia o armamento. O único candidato a não deixar seu posicionamento claro foi Helder Carnielli (PTB).
A justificativa dada por Malta, por exemplo, é a de que a população precisa se defender. “As armas estão liberadas, mas só para criminosos”, declarou.
No entanto, o advogado criminalista Rivelino Amaral entende que discursos como o de Malta são baseados em populismo extremo.
“São os velhos discursos fáceis, eleitoreiros e populistas. O armamento da sociedade é uma irresponsabilidade”, comentou.
A redução da maioridade penal é outra pauta polêmica que tem apoio majoritário dos que querem ocupar uma cadeira no Senado. São sete favoráveis e quatro contrários. A bandeira é defendida por Malta, Ricardo, Do Val, Pincelli, Carnielli, Rogério e pelo Subtenente Assis. Os candidatos encontram base para suas defesas em situações como a vivenciada pela enfermeira Layssa Freitas de Souza.
Em abril do ano passado, Layssa perdeu o marido durante um assalto seguido de morte, em que, segundo ela, havia um menor com o trio de assaltantes.
“A sensação é de revolta. Por isso, eu peço a redução da idade penal para responder a crimes. A lei é muito frouxa com os menores”, desabafa.
Para conhecer melhor o que pensam os candidatos ao Senado, A Tribuna ouviu também os concorrentes sobre temas polêmicos como: aborto, união gay, liberação das drogas, entre outros
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