A Justiça expediu mandado de prisão preventiva para Rodrigo Souza e Marcos Robson por acreditar que, soltos, eles poderiam atrapalhar a investigação.
Dois médicos ortopedistas foram presos em casa, na manhã desta quarta-feira (28), suspeitos de envolvimento no escândalo de fornecimento de materiais hospitalares descartáveis reutilizados na Grande Vitória.
A prática foi descoberta durante a Operação Lama Cirúrgica, do Núcleo de Repressão à Crimes Organizados e à Corrupção (Nuroc).
A Justiça expediu mandado de prisão preventiva para Rodrigo Souza e Marcos Robson, que é quando há possibilidade de atrapalhar as investigações. O advogado de Rodrigo acompanha o depoimento do cliente e, por isso, ainda não foi possível contato.
Já a defesa de Marcos afirmou que a prisão dele foi equivocada.
“O que eu posso garantir é que até esse momento meu cliente contribuiu com a Justiça. Mesmo assim, foi feito um pedido de prisão preventiva para ele. Então, a meu ver, foi um equívoco”, falou o advogado de Marcos, Paulo Cesar Amâncio.
Ele disse ainda que vai analisar qual a medida cabível para o caso.
“Primeiro passo é obter informações do motivo e do fundamento que foi utilizado para essa prisão preventiva. Depois, pode haver um pedido de revogação de prisão, pode haver um habeas corpus. Tem que ver qual medida vai caber para o caso concreto”, destacou Amâncio.
Polícia Federal
O Nuroc descobriu que o esquema é internacional e que a quadrilha importava materiais dos Estados Unidos. A partir de agora, a Polícia Federal também vai participar das investigações.
Prisões
No dia 16 de janeiro, os empresários Gustavo Deriz Chagas e Marcos Roberto Krohling Stein – proprietários da Golden Hospitalar -, e o enfermeiro Thiago Waiyn foram detidos na operação.
As investigações apontam que os produtos que deveriam ser usados apenas uma vez foram reutilizados 2.536 vezes.
Foi descoberto, ainda, o envolvimento de uma outra empresa, a Esterileto, contratada pela Golden para esterilizar os produtos.