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Menino de 13 anos morre após sentir dores de cabeça e família acusa negligência em socorro

Flávio teve atendimento negado em hospital infantil porque havia feito 13 anos há poucos dias. Ele morreu ao ser transferido de uma UPA para outro hospital.

Imagem reprodução tv Gazeta

O adolescente Flávio Walter de Abreu dias, de 13 anos, morreu enquanto era transferido em uma ambulância do Samu, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari para um hospital na Grande Vitória e a família diz que houve negligência no socorro.

Flávio, que estava sentindo fortes dores de cabeça, teve o atendimento negado no Hospital Infantil de Guarapari porque, segundo a família, havia feito 13 anos há poucos dias e a unidade só aceita paciente com até 12 anos.

Ele acabou indo para a UPA, que só faz o atendimento inicial, e morreu, justamente, ao ser transferido para o Hospital Infantil de Vitória, que aceita maiores de 13 anos.

A morte aconteceu na quarta-feira (25) e a causa da morte ainda é investigada. A Secretaria de Saúde de Guarapari abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu.

Do mal estar à morte

O Flávio começou passar mal na terça-feira (24). Ele foi atendido na UPA de Guarapari, mas liberado em seguida.

Na madrugada do dia seguinte, Flávio voltou a passar mal. Segundo a mãe, ele reclamava de fortes dores na cabeça e tinha convulsões.

Os pais levaram ele para o Hospital Infantil de Guarapari, por ser mais perto de casa.

Mas, segundo a família, o adolescente teve o atendimento negado. Isso porque Flávio tinha acabado de fazer 13 anos há poucos dias e o hospital só atende crianças até 12 anos.

Flávio foi levado pela mãe e por vizinhos até a UPA, mas os médicos disseram que o local não tinha estrutura para salvar a vida do menino.

Na transferência da UPA para o hospital, a mãe do Flávio, a Fabíola Walter Pereira da Silva contou que, no trajeto, ele teve várias paradas cardíacas e faleceu.

Menino saudável

A família conta que Flávio era saudável, não tinha nenhum problema de saúde. A causa da morte ainda não foi confirmada e só deve sair com um laudo do Departamento Médico Legal (DML) em um mês.

Agora, os pais pedem uma saúde pública mais digna para o município.

Investigação

A Secretaria Municipal de Saúde está abrindo uma sindicância para apurar os fatos de todo o atendimento prestado ao paciente.

Em nota, a UPA disse que é responsável, apenas, pelos primeiros atendimentos. Ao dar entrada, o paciente fez exame de sangue, eletrocardiograma e foi solicitada a avaliação neurológica dele.

A secretaria informou que Flávio, depois de passar pelos exames, foi transferido em uma UTI móvel.

O órgão foi questionado sobre a negativa de atendimento no Hospital Infantil, mas ainda não respondeu.

O corpo dele foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbitos. Com informações G1ES.

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