A ex-presidente do Chile Michelle Bachelet criticou, nesta 3ª feira (26.out), a decisão do governo de Israel de classificar seis ONGs palestinas como “organizações terroristas”. Para a líder, a medida deveria ser revogada por representar um ataque aos direitos humanos e à liberdade de expressão.
Segundo Bachelet, o governo isralense alega que as organizações, que atuam em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), promovem ações contra Israel e dão assistência a palestinos presos.
Em Genebra, na Suiça, a chilena rebateu os argumentos israelenses, reiterando que “defender direitos diante da ONU e de qualquer outra entidade internacional não é um ato de terrorismo”, e que o trabalho desenvolvido por entidades pode ser afetado negativamente. “O trabalho crucial prestado por essas organizações a milhares de palestinos corre o risco de ser interrompido ou de ser severamente restrito”, alertou ela.
Golpe no Sudão
No dia anterior, Michelle Bachelet condenou o golpe de estado no Sudão, implementado após a prisão e a dissolvição do governo liderado pelo primeiro-ministro interino, Abdallah Hamdok.
Bachelet, que integra a Alta Comissaria da ONU, disse que seria “desastroso” se país africano retrocedesse, e que o golpe representa uma ameaça ao acordo de paz assinado em 2020, que tinha como objetivo cessar a guerra entre o Sudão e o vizinho Sudão do Sul, após 17 anos de conflito.
Fonte: SBT