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Ministério Público apura uso de “laranjas” em empresas do Estado

Uma operação com objetivo de desarticular uma associação criminosa suspeita de fraudar dados de empresas privadas foi deflagrada ontem pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES), em três municípios do Sul do Espírito Santo e no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o coordenador do Gaeco-Sul, promotor Luiz Agostinho Abreu da Fonseca, o valor da fraude investigada ultrapassa os R$ 2 milhões.

A operação foi batizada de Laranjeira e cumpriu nove mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais e de trabalho dos investigados em Guaçuí, Alegre e Brejetuba, no Espírito Santo; e em Itaperuna, no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Estadual de Guaçuí.

Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante por porte de arma de fogo e conduzida à Delegacia de Brejetuba.

“A avaliação é positiva, sendo encontrados os materiais que eram procurados, documentos e, principalmente, por temos sucesso na integração dos Ministérios Públicos capixaba e fluminense”, destacou o promotor Luiz Agostinho.

Sócios
Investigações apontam que donos e funcionários de escritórios de contabilidade transferiam a titularidade ou a propriedade de empresas, com alteração no quadro societário, usando “laranjas”, que passavam a figurar como sócios.

Segundo o Gaeco-Sul, o objetivo da organização criminosa era permitir que os donos anteriores das empresas se livrassem de eventuais dívidas, fiscais ou não. Com isso, essas cobranças eram transferidas para “laranjas”, ficando sujeitos aos débitos e a negativações de crédito.

Cinco promotores de Justiça do Gaeco-Sul e um do Ministério Público do Rio de Janeiro participaram da operação, que contou com o apoio de 18 policiais militares do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MP-ES e seis do Grupo de Apoio da Polícia Militar do Rio (GAP-RJ).

Fonte: Tribuna

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