O Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, em decisão monocrática decidiu manter a cassação do vereador de Castelo, Cristiano Dias Vitelli (PL), por compra de votos nas eleições de 2016. O recurso foi negado na última quinta-feira (1º).
Em março do ano passado, a maioria dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) seguiu a decisão do juiz da 3ª Zona Eleitoral de Castelo, Joaquim Ricardo Camatta Moreira, pela cassação do diploma do vereador Cristiano Vitelli, que interpelou com recurso no TSE, conseguindo desde então se manter no cargo.
Por telefone, o vereador informou que vai entrar com agravo (recurso) no Pleno, ou seja, para que o Colegiado do TSE analise o processo. “Vamos recorrer da decisão. A decisão monocrática não necessariamente resultará no meu afastamento”, disse.
Em caso de afastamento de Vitelli, quem assume no seu lugar é o primeiro suplente Ramon Lambranho (PMN), que obteve 407 votos nas eleições de 2016. O suplente afirmou que aguarda a notificação com a decisão do TSE, que leva entre 10 a 15 dias.
Compra de votos
De acordo com os autos do processo, o Ministério Público Eleitoral (MPE) recebeu duas denúncias sobre compra de votos contra Cristiano durante a eleição.
No primeiro caso, segundo o órgão ministerial, o parlamentar teria pago pela aquisição de peças e reparo do veículo de um eleitor em troca de voto.
Em depoimento, uma testemunha disse que o então candidato foi até a sua casa dizendo que se ele e sua família votassem nele consertaria seu carro. No dia seguinte o veículo foi levado para a oficina para fazer o reparo. O dono da oficina confirmou em depoimento que o vereador autorizou e pagou pelo serviço.
Nos autos do processo consta ainda que o eleitor só procurou o Ministério Público para fazer a denúncia contra o vereador após receber uma ligação anônima que o ameaçava.
A defesa de Cristiano alegou que o vereador apenas emprestou o dinheiro e que teria sido reembolsado depois.
Em outro caso, o MPE afirma que foi paga a uma eleitora a quantia de R$ 70,00 para aquisição de um medicamento o que, para o órgão, trata-se de “uma manobra” para conseguir votos dela e de sua família.
Consta nos autos que, na véspera da eleição, Cristiano chegou de carro acompanhado de uma mulher que teria chamado a eleitora e entregue a quantia em dinheiro. O fato foi registrado em fotografia.
Fonte: Aqui Noticias