A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad) realiza o primeiro leilão de bens apreendidos do tráfico de drogas no Distrito Federal. Carros, motos e celulares apreendidos em operações policiais estão à venda, pela metade do valor de mercado, de forma eletrônica. Os interessados têm até o dia 15 de julho para fazer os lances.
Além dos bens citados, serão leiloados alto-falantes, amplificadores e sucatas. Em relação aos veículos, a novidade é que quem adquiri-los estará isento de eventuais multas anteriores à compra.
Segundo o diretor de gestão de ativos da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do MJSP, Giovanni Magliano Junior, a iniciativa foi tomada para dar celeridade ao processo de venda. “O arrematante está isento de qualquer débito. É uma mudança de cultura. O comprador não pode pagar pelas dívidas daquele veículo. O prejuízo de cobrança deve ser do devedor”, disse.
O valor arrecadado nas vendas será destinado às forças policiais que apreenderam o patrimônio e ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), que financia projetos e ações de prevenção e de combate ao tráfico de ilícitos. Até agora, no entanto, não há estimativa da quantia a ser levantada.
Um dos projetos em andamento na capital federal é o Centro de Desenvolvimento de Cães Farejadores. Com investimento de R$ 4 milhões provenientes do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), o centro será instalado na sede da Polícia Rodoviária Federal.
Veja principais itens:
Saveiro 1.6 CE Cross (2011)
Fiat Palio Attract (2015)
Fiat Uno (2012)
Ford Fiesta (2014)
Moto Kasinski/Mirage (2011)
Ford Ecosport (2004)
Moto Suzuki/Intruder (2005)
S10 Deluxe (1995)
Honda Civic Flex (2009)
Fiat Siena Flex (2011)
Saveiro Cabine Estendida Cross (2011)
Aparelho celular Samsung Modelo S4 Mini
DVD Portátil
Auto falantes
Amplificador
Arrecadação
Desde outubro de 2019, a Senad já arrecadou aproximadamente R$ 16 milhões em 38 leilões realizados pelo país. Nos próximos seis meses, além de veículos, serão leiloados imóveis urbanos e rurais, eletrônicos e jóias em todo o país.
“Eu diria que isso é extremamente benéfico. Não só pelo fato de estarmos vendendo veículos, mas qualquer tipo de bens. Temos uma perspectiva de vender até 600 imóveis”, disse o diretor.
A venda de ativos apreendidos em operações policiais ganhou força, após a sanção da Lei nº 13.886, de 2019. Desde então, a Senad tem contratado leiloeiros em todo o país para viabilizar a venda por meio de leilões e, consequentemente, diminuir os gastos com aluguel de pátios para o armazenamento dos ativos.
“Até o ano de 2019, o Senad tinha um sistema de leilões muito centralizado. A partir de 2019, nós fizemos uma parceria com os estados e hoje temos leilões ocorrendo em todas as unidades federativas. Precisamos cada vez mais da parceria entre os órgãos para que essa ordem ocorra com segurança jurídica”, avaliou Magliano.
Fonte: Metrópoles