Bananal Online

Morte de empresário na Praia do Canto foi motivada por cobrança de dívida de sítio de R$ 2 milhões

A Polícia Civil concluiu o inquérito da morte do empresário João Batista de Amorim, de 47 anos, que aconteceu em maio de 2017, na Praia do Canto, em Vitória. De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava cobrando uma dívida de R$ 2 milhões, referente a venda de um sítio.

O mandante do crime foi identificado como o dono de uma casa de câmbio Ângelo Henrique Ferraço Andreao, de 53 anos, que já foi preso. Os apontados como intermediários do crime, Antônio Pereira, de 65 anos e Hamilton Andrade Neto, de 54 anos, também já foram presos, além do atirador, Wagner Guimarães Pereira, de 37 anos.

A Polícia teve acesso a várias câmeras de videomonitoramento, que mostram a chegada dos suspeitos em um veículo. Dentro do carro, segundo a polícia, estão Hamilton e Wagner. Os suspeitos são voltas pela região e esperam alguns minutos, até que a vítima aparece atravessando a faixa de pedestres. O executor aparece atrás do empresário. As imagens revelam o momento em que ele atira em João Batista pelas costas. Quando a vítima cai, o atirador guarda a arma e foge do local.

O chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Janderson Lube, falou sobre a relação da dívida com o crime. Para o delegado, indícios apontam que o mandante do crime também participou da emboscada.

“A motivação (do crime) foi a dívida existente, em relação a venda da fazenda. O Ângelo ficou devendo e isso gerou uma série de discussões entre a vítima e o mandante. Tudo indica que aconteceu a contratação dos intermediários e, propriamente, do executor. Os indícios apontam que o mandante também participou da emboscada, porque todas as informações (repassadas ao executor) vieram desse encontro da vítima com o mandante do crime. (Com as informações) o executor soube, em tempo real, do deslocamento da vítima e conseguiram armar a emboscada”, disse.

No bolso do empresário, a polícia encontrou o celular, além de chave e documentos e uma quantia de R$ 2 mil, que segundo a PC, seria parte da dívida paga pelo mandante do crime. A Polícia Civil informou ainda que os suspeitos adulteraram a placa do carro, na tentativa de não serem identificados. Para a polícia, apenas Wagner confessou o crime.

FONTE: FOLHA VITORIA

Sair da versão mobile