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Motorista de aplicativo é assaltado e ameaçado de morte por trio de adolescentes na Serra

Um motorista de aplicativo de 26 anos foi feito refém e ameaçado com uma faca por três adolescentes no bairro Lagoa de Jacaraípe, na Serra. Na delegacia, a vítima descobriu que o veículo roubado foi utilizado em assassinatos dias depois.

Segundo o relato do motorista, a corrida foi solicitada no último domingo (17), na entrada lateral do Parque da Cidade, em Valparaíso, também na Serra, às 3h40 da manhã. Na ocasião, a vítima relatou que já estava trabalhando há 12 horas.

Ao chegar no local, o motorista esperava uma mulher, que havia pedido a corrida pelo aplicativo. No entanto, encontrou um trio de adolescentes. Ao questionar sobre a passageira, o condutor foi informado pelos menores que a menina era namorada de um deles, mas não iria mais acompanhá-los.

Ameaçado com uma faca 

Antes de entrarem no carro, o motorista perguntou se os três estavam “de boas”, ao que responderam que sim. Por se tratar de adolescentes, a vítima decidiu não se preocupar e seguiu por cerca de 20 minutos, até a região de Lagoa de Jacaraípe.

Na sequência, ao entrarem em uma rua deserta, o trio anunciou o assalto. Para a polícia, a vítima descreveu o crime e afirmou que um dos menores teria apontado uma faca para o pescoço dele.

Sob ameaças de morte, o motorista ainda teve que dirigir durante um período, pois os adolescentes pretendiam roubar mais um veículo.

Próximo ao amanhecer, os três adolescentes deixaram a vítima em uma estrada em Jardim Limoeiro, perto da rodovia ES-010, apenas com a roupa do corpo. O motorista precisou andar até um posto de combustíveis, aberto 24h, para pedir ajuda.

Carro foi utilizado em assassinatos 

Logo após o assalto, o motorista registrou o caso na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), em Vitória. O veículo foi encontrado na quarta-feira (20) e, apesar do alívio, a vítima descobriu na delegacia que o carro teria sido utilizado para cometer assassinatos.

Mesmo preocupado com a segurança, o motorista explicou não poder abandonar o trabalho, por ser um meio de sustento.

A equipe de apuração da TV Vitória procurou a Polícia Civil para saber mais detalhes da investigação, mas ainda não obteve retorno.

Fonte: Folha Vitória

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