A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que apurou as circunstâncias do acidente de trânsito que matou a menina Elena Vieira Fantin, de dois anos, no bairro São José. O motorista foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intensão de matar.
O acidente foi em setembro deste ano. Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostraram dentro e fora do coletivo no momento do atropelamento.
De acordo com o delegado Fabrício Lucindo, responsável pela investigação, o motorista do ônibus será indiciado por homicídio culposo. O nome do condutor não foi divulgado.
“Estamos indiciando o motorista do ônibus por homicídio culposo. Existem três fatores que contribuíram para a morte da criança: primeiro a condição da via porque é uma via apertada, segundo que a mãe da criança estava na contramão do fluxo de direção e ela deveria estar do outro lado e terceiro porque o motorista do ônibus não guardou a distância obrigatória por lei que é de um metro e meio da ciclista” , disse o delegado.
A investigação apontou que a vítima só caiu porque a bicicleta foi tocada pelo ônibus. “O comportamento da mãe contribuiu para o acidente, mas não foi a causa preponderante. A causa preponderante foi o não afastamento do ônibus e o toque do ônibus na bicicleta”, explicou.
A Viação Joana D’Arc disse que está prestando apoio necessário ao motorista e disse que colabora com a Justiça. Afirma que lamenta profundamente o ocorrido.
Acidente
Testemunhas contaram que o ônibus estava seguindo no sentido da BR-101 quando bateu na bicicleta. A mãe carregava a menina na cadeirinha. A manicure Jessica Vieira da Silva, mãe de Elena, disse que parou para o ônibus passar. De acordo com a mãe, ela caiu na calçada e a menina embaixo do ônibus.
“Não tinha condições do ônibus me pegar naquele canto. Se não tivesse ocorrido a pancada na bicicleta, não teria me desequilibrado e caído com minha filha”, contou, na época.
A mãe disse ainda que o comportamento das pessoas de tirarem fotos do acidente e da filha morta a entristeceu. O pai da menina, o caminhoneiro Otair Fantin, disse que nunca imaginou que uma tragédia como essa pudesse acontecer.
Fonte: G1/ES.