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MP fala de “homicídios” em baile funk, mas evita responsabilizar PM

Em entrevista a jornalistas na tarde desta terça-feira (3), na sede do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, disse que ainda não é possível responsabilizar os policiais militares pelas mortes em baile funk de Paraisópolis.

Ele designou a promotora do Tribunal do Júri Soraia Bicudo Simões para fazer uma apuração a respeito “dos homicídios que ocorreram em Paraisópolis”, na madrugada do último domingo (1º), durante o Baile da Dz7.

Segundo Smanio, todas as imagens que circulam com agressões que teriam sido praticadas no mesmo evento que resultou na morte de nove jovens com idades entre 14 e 23 anos serão apuradas para identificar hora e local que foram registradas.

Apesar de a ação ter sido iniciada em uma suposta perseguição de policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio Motocicletas) a suspeitos que teriam fugido para o meio do baile, contrariando o que o comandante-geral da PM havia dito no ano passado — que precisa de planejamento especial da PM para entrar no local —, Gianpaolo disse que ainda não dá para apontar irregularidades na ação policial.

“Nós sempre lamentamos as mortes”, disse Smanio, que ainda afirmou que, se tem mortes, significa que houve algo mal feito. Mesmo assim, destacou que ainda não é possível responsabilizar os policiais militares.

O procurador-geral ainda disse que é preciso “encontrar caminhos para que as pessoas que queirem diversão se divirtam, as que estão em volta sejam respeitadas, e os criminosos combatidos”.

Para isso, Gianpaolo afirmou que se reuniu com moradores da região e políticos para selar a criação de um fórum para apontar alternativas e procedimentos em ações durante baile funk.

Fonte: R7

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