A polícia investiga a morte de uma mulher durante uma lipoaspiração e cirurgia para colocar prótese de silicone em uma clínica particular na zona oeste de São Paulo. O local não tinha UTI nem ambulância. A família denuncia que o médico deixou o local sem dar explicações. Outras pacientes acusam o mesmo cirurgião de erro médico.
Rosemary Falconi Monfardini, de 48 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. “Era o sonho dela fazer isso e ela encontrou uma clínica que seria mais barata, só que ela não pensou nos recursos que a clínica não tinha”, conta o marido da vítima, Edson Vieira Nova Junior. O médico que realizou o procedimento era o cirurgião plástico André Lançoni.
Segundo a família, Rosemary recebeu sedação local. Contudo, o médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Cristopher Ferreira Cunha, explica que esse tipo de anestesia é indicado apenas para cirurgias de pequeno porte. “Agora, a partir do momento que você faz uma cirurgia tripla, via passar uma noite no hospital, via precisar de um apoio de enfermagem, a gente sempre exige aquele hospital que tem UTI”, conta o médico.
Outra paciente do mesmo cirurgião, que não quis se identificar, afirma “tive uma necrose do mamilo esquerdo e perdi o mamilo”, após um procedimento com Lançoni. Segundo ela, as complicações começaram logo após a cirurgia. “Eu ligava pro médico, só que eu não conseguia contato, não conseguia consulta. Eram 16 meninas que estava no grupo. Todas com complicações, muitas piores do que as minhas”, conta a mulher.
A clínica que alugou o espaço para o cirurgião plástico, não comentou o caso. André Lançoni não quis gravar entrevista. O advogado dele diz que o caso vai ser investigado em inquérito e que não há provas de que houve erro médico.
Fonte: SBT