Durante a vida adulta, estima-se que os episódios de culpa corroam cerca de 45,990 horas
Um novo estudo britânico revelou que 87% das mulheres são ‘consumidas’ por sentimentos de culpa devido aquilo que comem ou bebem, pelo menos durante três horas todos os dias. Também se sente assim?
De acordo com a pesquisa inédita as mulheres experienciam em média, ao longo da vida, 45,990 horas daquilo que os investigadores apelidaram de ‘agonia calórica’.
Apesar de 66% das inquiridas ter admitido que comer e beber era sem dúvida um dos maiores prazeres da vida, também concordaram que era uma experiência agridoce e que ao mesmo tempo traz “imensa dor psicológica”. Os pesquisadores concluíram que, em média, as mulheres sentem esses sentimentos de culpa alimentar duas vezes por dia.
Durante a vida adulta, estima-se que os episódios corroam cerca de 45,990 horas, com 25% das mulheres vivenciando sentimentos de auto-aversão cada vez que comem uma refeição.
Segundo os resultados apurados, esses sentimentos de culpa duram até três horas após terem consumido fast-food ou um take-away, duas horas depois de terem comido doces e até quatro horas quando acabam os restos de comida que os filhos deixaram no prato.
Quase uma em 20 mulheres afirmou que beber um copo de vinho numa sexta-feira à noite as deixava repletas de culpa; enquanto que 26% se auto recrimina constantemente por comer sobremesa, em casa ou num restaurante; e 29% sente-se mal por comer uma bolacha ou um bolo ao lanche. Mais ainda, uma em 20 mulheres também admitiu sentir-se culpada por temperar a salada com condimentos.
O inquérito contemplou um universo de duas mil mulheres e revelou ainda que oito em 10 gostaria de deixar de se auto castigar e aproveitar a vida sem a recriminação contínua, enquanto que quase metade das inquiridas, cerca de 43%, sente que é injusto que o seu marido ou parceiro não sinta qualquer culpa quando se trata daquilo que come ou bebe.
Olivia Buckland, que esteve envolvida no estudo, disse: “Acredito que a mensagem mais importante por trás desta pesquisa seja o fato de não devermos viver ‘presos’ e obcecados com coisas mínimas e sem importância”.
E acrescentou: “Temos que aproveitar aquilo que a vida tem de bom, seja beber um copo de vinho ou comer uma fatia de pizza, em moderação claro, e não nos sentirmos culpados ou paralisados com essas ações!”.