Em 2017, criei o termo “quarta força” do futebol paulista, ao mencionar o Corinthians como um time inferior aos seus três rivais. O termo brincalhão pegou e os corintianos responderam em campo com os títulos paulista e brasileiro, além de recusarem o rótulo colocado.
Dois anos depois, voltamos a essa eleição e o São Paulo ganhou o posto de quarta força, neste início de temporada. Caiu facilmente na Libertadores para um adversário pequeno como o Talleres-ARG e sofre para se classificar no Paulista. É verdade que o Tricolor ganhou do Bragantino e chegou à liderança do grupo com 13 pontos, contra 12 do Oeste e 11 do Ituano, faltando três rodadas para fechar a primeira fase, mas o São Paulo tem jogadores que podem mostrar mais e precisa de uma filosofia de jogo bem definida.
A vitória de 2 a 0 em Bragança Paulista foi muito melhor do que a atuação. O primeiro tempo foi do Bragantino e o segundo caminhava para isso, com mais finalizações e chances perdidas. Vagner Mancini manteve o esquema de três zagueiros, mas a equipe não funcionou. O técnico sacou o zagueiro Bruno Alves e voltou com Diego Souza, depois do intervalo. Melhorou um pouco, na base da força física e do oportunismo de Pablo. O primeiro gol começa com um lançamento de Thiago Volpi, uma bola espirrada na área e o chute de Pablo, aproveitando uma sobra de bola. O segundo gol foi mérito de Arboleda, cabeceando após um escanteio. Foram três finalizações e dois gols. Muita eficiência, mas sem jogar bem. Se o Bragantino fosse mais capaz, poderia ter tornado as coisas mais difíceis para os são-paulinos.
A diretoria contratou vários nomes, mas só Pablo vale o custo-benefício até o momento. Thiago Volpi está evoluindo e Hernanes é unanimidade, apesar de ter voltado mal da China. Os demais são coadjuvantes. Novos reforços chegarão com Cuca, certamente. E remontar um elenco, sem grandes opções e dinheiro, não é muito fácil.
Fonte: Yahoo!