NA PENUMBRA: MOSCOU REGISTROU APENAS 6 MINUTOS DE LUZ SOLAR EM DEZEMBRO

Nós da redação do Mega Curioso, que ficamos em Curitiba, cidade onde não para de chover praticamente desde o Natal, não paramos de resmungar sobre o mau tempo — poxa… é verão e a gente quer curtir um pouquinho de sol! — e já elegemos São Pedro como o funcionário do mês da capital paranaense.

No entanto, a gente se deparou com uma notícia que nos fez repensar um pouco o nosso descontentamento. Isso porque ficamos sabendo que Moscou teve apenas seis minutos de luz solar durante todo o mês dezembro — e a verdade é que nós do Mega achamos que é melhor encarar pancadas de chuva passageira e um céuzinho nublado do que permanecer um mês inteiro na penumbra e a gente já explica a razão!

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Escuridão

De acordo com Matthew Luxmoore, do The New York Times, a capital russa teve o mês de dezembro mais “escuro” dos últimos 18 anos, quebrando — com folga — o recorde anterior, registrado no ano 2000, quando os raios solares deram as caras em Moscou por míseras três horas durante todo o mês.

Como você sabe, no hemisfério norte, o inverno ocorre entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e nessa estação os dias se tornam mais curtos — ao contrário do que acontece aqui no hemisfério sul, onde estamos em pleno verão e podemos desfrutar de mais horas com luz natural.

Moscou no invernoJá pensou? Passar praticamente um mês inteiro assim? (Daily Mail/APF/Getty Images)

Mas voltando ao hemisfério norte, quanto mais “para cima” no globo se encontrar uma cidade, menor será o período de luz natural que ela registrará durante o dia, e Moscou, que se encontra nas coordenadas 55°45′N 37°37′E, está entre as localidades que recebe poucas horas de luz solar no inverno. Entretanto, em média, a capital russa geralmente registra 18 horas de luz natural no mês de dezembro — o que é muito mais do que foi registrado em 2017!

E o que aconteceu, então? Alguma maldição? Teriam as criaturas das trevas decidido reinar sobre Moscou em dezembro? Seria culpa do Putin? Na verdade, parece que a culpa é de todo mundo… Com as variações climáticas e a ocorrência de fenômenos meteorológicos extremos, segundo Tariq Tahir, do Daily Mail, o pessoal do Centro Meteorológico da Rússia explicou que no ano passado a Rússia registrou temperaturas mais altas do que o normal, e o último verão foi mais quente, chuvoso e escuro do que o habitual.

Moscou no inverno

Apesar dos pesares, Moscou estava linda em dezembro… (Pinterest)Depois, ocorreram quedas bruscas que quase marcaram novos recordes de frio em várias localidades do país — como foi o caso de Oymyakon, que registrou – 62 °C neste inverno. Essa bagunça climática toda acabou levando à formação de uma espessa camada de nuvens resultantes do avanço de massas de ar quentes e úmidas vindas do Atlântico, e unindo a isso a falta de sol que é normal em dezembro, o resultado foi essa penumbra interminável.

Pois (com exceção dos vampiros) a gente precisa da exposição aos raios solares para que o nosso organismo consiga produzir direitinho, entre outas coisas, a serotonina — um neurotransmissor que ajuda a regular o nosso sono, o apetite e a temperatura corporal, está associado com a inibição da agressão e da ira e, ademais, está relacionado com o surgimento da depressão. Então, se nós aqui do Mega andamos meio injuriados por causa das chuvas aqui em Curitiba, pense nos moscovitas, que ficaram ser ver a luz do sol durante praticamente um mês inteiro!

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