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No ano em que tragédia de Mariana completa 5 anos, Samarco voltará com novo sistema de rejeitos

O retorno das atividades da mineradora Samarco, prevista para o final de 2020, será com um novo sistema de filtragem irá passar a fazer parte das instalações. As atividades foram interrompidas há cinco ano, após o rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, que completa cinco anos em 2020 – primeira grande tragédia ambiental no Brasil e já visto no mundo. O segundo foi de Brumadinho que completa um ano neste sábado (25).

A retomada com a mudança é uma previsão do gerente de Engenharia de Processos e Automação da empresa, Thiago Marchezi. A nova tecnologia possibilitará que 80% do total de rejeitos gerados após o beneficiamento do minério de ferro sejam empilhados a seco e que os outros 20% sejam depositados na Cava Alegria Sul, que é uma estrutura rochosa confinada. Toda a mudança é por conta de uma determinação da  Agência Nacional de Mineração (ANM), que pede a desativação e descaracterização das barragens a montante até a metade 2021.

Além de proibir a construção de novas barragens a montante, a norma define que as estruturas inativas deste tipo terão que ser esvaziadas e desativadas. As ainda em uso terão que migrar para tecnologia alternativa (método a jusante) em até três anos.

Em outubro de 2019, a Samarco adquiriu a Licença de Operação Corretiva (LOC) para voltar com as atividades operacionais no Complexo de Germano, em Minas Gerais, e no Complexo de Ubu, localizada em Anchieta, região Sul do estado.

A empresa voltará a operar, inicialmente, com 26% de sua capacidade produtiva. A retomada será gradual, por meio de um concentrador, em Minas Gerais, e uma usina de pelotização, no Espírito Santo, com uma produção de cerca de 7 a 8 milhões de toneladas por ano.

Mariana

A Samarco estava com as atividades paradas desde novembro de 2015, quando a Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, se rompeu, matando 19 pessoas e atingindo o Rio Doce, incluindo o Espírito Santo.

Após três anos da tragédia, o município de Anchieta, onde ficava a sede da empresa, não recebe os recursos por produção da Samarco.

A explicação, segundo a mineradora, é que o município não produz a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), uma contraprestação paga à União pelo aproveitamento econômico desses recursos minerais, como se fossem royalties de petróleo. Segundo a empresa, a região de Anchieta apenas exporta minério.

Fonte: ES Hoje

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