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Número de empresas de bebidas cresce 4% em 2017

O número de empresas da indústria de bebidas cresceu 4% em Portugal para 1.200, com o segmento do vinho a representar 87% do total, revelou hoje o Banco de Portugal (BdP).

O número de empresas em atividade na indústria das bebidas cresceu 4% em 2017, 2,3 pontos percentuais (pp) acima do total das empresas”, lê-se na atualização do Estudo Central de Balanços — Análise da indústria das bebidas, disponível na página na internet do supervisor financeiro.

Desta forma, em 2017, “a indústria das bebidas integrava cerca de 1.200 empresas, representativas de 1% do volume de negócios (3,4 mil milhões de euros) e 0,5% do número de pessoas ao serviço (14,5 mil pessoas) das empresas com sede em Portugal.

No ano em causa, o volume de negócios aumentou 3% face a 2016, uma subida inferior aos 4% registados no ano anterior.

“Em 2017, 26% do volume de negócios da indústria das bebidas tinha origem no mercado externo, parcela similar à registada em 2016. Os mercados interno e externo contribuíram, respetivamente, em 2 e 1 pp para a evolução do volume de negócios do setor em 2017. Por segmentos de atividade, o mercado externo contribuiu em 5 pp para a variação do volume de negócios da cerveja e em 1 pp para a variação do volume de negócios do vinho. Nos refrigerantes e águas, o contributo do mercado externo foi negativo em 5 pp”, revelou o BdP.

Segundo os dados avançados pelo banco central, no ano de referência, por cada empresa que encerrou atividade na indústria das bebidas foram criadas 1,8 novas, estando este crescimento associado à subida do número de microempresas.

“Todos os segmentos de atividade registaram rácios natalidade/mortalidade superiores à unidade. A cerveja apresentava o rácio mais elevado (2,0, o que compara com 1,8 no vinho e 1,5 nos refrigerantes e águas)”, apontou a instituição liderada por Carlos Costa.

Em 2017, do total de empresas 77% eram microempresas e geraram 4% do volume de negócios e agregaram 13% das pessoas ao serviço do setor.

Por sua vez, as grandes empresas (0,7%) foram responsáveis pela maior parcela do volume de negócios (50%), enquanto as pequenas e médias empresas (22%) detinham a maior parcela de trabalhadores (56%).

No entanto, o destaque vai para o setor do vinho, o mais “relevante ao representar 87% das empresas, 65% do número de pessoas ao serviço e 51% do volume de negócios do setor”.

Já a cerveja (8% das empresas) era responsável por 27% do volume de negócios e 14% das pessoas ao serviço e os refrigerantes e as águas (5%) agregavam 22% do volume de negócios e 21% das pessoas ao serviço do setor.

“O peso da cerveja aumentou um ponto percentual no que respeita ao número de empresas e dois pp em termos do volume de negócios entre 2016 e 2017. Em oposição, o peso do vinho diminuiu 1 pp tendo em conta o número de empresas e o volume de negócios”, indicou.

Por região, o Norte concentrava o maior número de empresas do setor (41%), bem como a maior parcela do volume de negócios (46%) e do número de pessoas ao serviço (40%).

Em 2017, o rácio de autonomia financeira da indústria das bebidas foi de 46%, 33% no total das empresas.

Por seu turno, o passivo do setor aumentou 0,4% em relação a 2016, tendo a variação sido determinada “pelo contributo positivo dos fornecedores (1,2 pp)”.

Para esta análise, foram consideradas as empresas classificadas na divisão 11 — indústria das bebidas, da CAE-Rev.3.

O setor foi dividido em três segmentos de atividade — “vinho” (classes 1101 — fabricação de bebidas alcoólicas destiladas, 1102 — indústria do vinho e 1104 — fabricação de vermutes e de outras bebidas fermentadas não destiladas); “cerveja” (classes 1103 — fabricação de cidra e outras bebidas fermentadas de frutos, 1105 — fabricação de cerveja e 1106 — fabricação de malte); e “refrigerantes e águas” (classe 1107 — fabricação de refrigerantes; produção de águas minerais naturais e de outras águas engarrafadas).

FONTE:NOTICIA AO MINUTO

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