Nesta segunda-feira (5), a ONG Foro Penal denunciou que na Venezuela há pelo menos 320 presos políticos, três a menos do que o dado divulgado pela própria entidade em março. O diretor da ONG, Gonzalo Himiob, divulgou no Twitter um gráfico que mostra que 296 desses detentos são homens e 24 são mulheres. Além disso 197 são civis, e 123 são militares.
Um desses civis, segundo denúncias do bloco de oposição liderado por Juan Guaidó, é o ex-deputado Gilberto Sojo. Ele foi preso pela Força de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana (FAES-PNB), um órgão que a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu que fosse dissolvido pela Venezuela.
O partido de Sojo, Vontade Popular (VP), classificou a prisão dele – segundo o próprio, ocorreu sem um mandado – como um sequestro.
– Basta de perseguição, basta de violação de seus direitos, ele não deve ficar preso injustamente por mais um dia – disse a legenda no Twitter.
Sojo já havia ficado preso entre novembro de 2014 e dezembro de 2016. Enquanto estava na prisão, em 2015, foi eleito como deputado pelo estado de Aragua, e só teve acesso a sua cadeira no Parlamento um ano depois.
A oposição venezuelana também denunciou como arbitrária a detenção do militar Johnny Mejías Laya, que foi preso em 30 de janeiro de 2019 sem que os detalhes de seu caso fossem conhecidos até o momento.
Os parentes do militar denunciaram que durante o tempo em que esteve detido e sob custódia do Estado ele foi submetido a torturas físicas e psicológicas.
O opositor Julio Borges, que foi nomeado comissário de relações exteriores por Guaidó, disse, usando este caso como exemplo, que os presos militares “são torturados e submetidos às piores condições de encarceramento”.
Fonte: Pleno News