O maestro Martim Sousa Tavares, que dirige a Orquestra Sem Fronteiras (OSF), afirmou hoje que os músicos que vão dar o concerto inaugural na sexta-feira, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, estão muito motivados.
Da minha parte, as expectativas passam por conseguir fazer um bom trabalho. A nossa missão já está cumprida. O que importa é o espírito de equipa”, afirmou à agência Lusa o maestro Martim Sousa Tavares.
A Orquestra Sem Fronteiras (OSF) realiza na sexta-feira, pelas 21h30, o seu primeiro concerto com a interpretação da Quarta Sinfonia de Beethoven, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, vila do distrito de Castelo Branco onde está sediada.
O responsável pela OSF explica que 42 músicos provenientes de oito escolas de Portugal e Espanha “estão muito motivados” e adianta que se vê um crescimento enorme entre eles.
“Alguns é a primeira vez que estão a ter uma experiência destas. Trata-se de um grupo que nunca tocou junto antes”, frisou.
Já o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, disse à agência Lusa que as suas expectativas para o concerto inaugural “são muito positivas”.
“Certamente que na sexta-feira vai ser um momento alto da estreia da OSF. Os músicos estão a integrar-se muito bem neste projeto, um projeto ambicioso para estes territórios de fronteira”, afirmou.
O autarca sublinha que a escolha de Idanha-a-Nova para sede da OSF é mais um reconhecimento do maestro Martim Sousa Tavares do trabalho que está ali a ser desenvolvido, não só como Cidade Criativa da Música da UNESCO, mas também pelo conjunto de projetos ligados à área da música.
“Idanha-a-Nova tem um conjunto de projetos musicais que, ao longo do tempo, têm afirmado o concelho enquanto espaço cultural e da música em particular”, frisou.
Armindo Jacinto sublinha que a OSF vem integrar toda a estratégia desenvolvida pelo município e adiantou que vê essa integração “com muito agrado”.
A OSF é um projeto inovador na Península Ibérica, nomeadamente no contexto raiano, e tem como objetivo proporcionar oportunidades a jovens músicos que pretendam fixar-se no interior para desenvolver a sua atividade profissional, sem que tenham de deslocar-se para os grandes centros urbanos ou para o estrangeiro.
O projeto conta com o apoio de mecenas e parceiros privados, de autarquias e dos ministérios da Educação e da Cultura, assim como do Ministério da Economia, através da Secretaria de Estado da Valorização do Interior.
Começa com um orçamento de 100 mil euros, montante que poderá vir a aumentar, visto estar ainda a decorrer uma ação de angariação de fundos.
fonte:noticia ao minuto