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Parte da população descumpre medida que obriga o uso de máscara no Espírito Santo

Para evitar a propagação do novo coronavírus, o Governo do Espírito Santo vem adotando diversas medidas ao longo dos últimos dias. Uma das mais recentes obriga o uso das máscaras para toda a população dos municípios com alto risco de transmissão da covid-19.

Na quarta-feira (22), primeiro dia útil da obrigatoriedade do equipamento de proteção individual, a equipe da TV Vitória/Record TV flagrou diversas pessoas sem as máscaras.

Em um supermercado da Praia do Suá, em Vitória, o acesso dos clientes era controlado, como prevê a medida. Os funcionários usavam as máscaras, mas algumas pessoas ignoraram as restrições dos órgãos de saúde.

Na Glória e no Centro de Vila Velha, o cenário não era diferente. Nas filas dos bancos, nos pontos de ônibus e em diversos pontos da cidade é possível perceber a preocupação de uns e o despreparo de outros.

O uso das máscaras é obrigatório em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Alfredo Chaves. De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, os cuidados precisam ser reforçados. “Havia uma recomendação para que as máscaras fossem utilizadas e hoje há um entendimento entre todos os que analisam esse tipo de recurso de que ele não é uma solução definitiva. A gente não pode parar de lavar as mãos ou manter o distanciamento social. A máscara passa a ser um recurso adicional”, disse.

O infectologista Paulo Peçanha também é favorável ao uso generalizado de máscaras para barrar as transmissões. Para que sejam eficazes na proteção, o infectologista também dá orientações sobre o tempo de uso das máscaras e fala sobre a maneira adequada de higienizá-las. “O tempo é a umidade. Se estiver suja, tem que ser retirada e lavada. Pode ser limpa com água e sabão ou numa solução de água com cloro”, explicou.

Quem não tem encontrado as máscaras nas farmácias e em outros estabelecimentos comerciais, pode recorrer às costureiras. Muitas passaram a confeccionar também o EPI com tecido. Elda Rodrigues conta que já vendeu mais de 100 máscaras desde que começou a produção em seu ateliê no bairro Jardim América, em Cariacica. Cada uma delas possui duas camadas de tecido de algodão. “Se você conhece alguém que está fazendo máscara, é importante ajudar essas pessoas. Até porque as descartáveis ficam para o pessoal da Saúde”, diz.

O subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo pede a colaboração dos capixabas e destaca que, por enquanto, a medida não prevê nenhuma punição para quem desrespeitar, mas destaca a importância para evitar o contágio da doença.

Fonte: Folha Vitória

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