Segundo informações extraoficiais, a transferência foi concluída na madrugada deste sábado
Juliana Sales, mãe dos irmãos Joaquim Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Burkovsky, de 6 anos, já encontra-se presa no Espírito Santo. Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), ela está no Centro Prisional Feminino de Cariacica. Segundo testemunhas, ela chegou ao local por volta das 5h da manhã deste sábado (14).
A transferência da detenta do presídio em Teófilo Otoni para o Espírito Santo começou a ser realizada ainda na noite desta sexta-feira (13). O tempo gasto para o translado entre o município mineiro e o presídio em Cariacica foi de aproximadamente 7 horas.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) foi informada pelo Poder Judiciário, na última segunda-feira (09), para promover a transferência de Juliana Sales para o Espírito Santo.
Exame de gravidez
Nesta sexta-feira (13), Juliana Sales, ainda em Minas Gerais, foi submetida a um teste de gravidez, mas o resultado foi negativo.
De acordo com uma advogada integrante do grupo responsável pela defesa, Juliana havia apresentado, nos últimos dias, sintomas de gravidez. Segundo Milena Freire, a defesa de Juliana chegou solicitar à direção do presídio, que a realização do exame fosse agilizada, por conta da possível transferência de Juliana para o Espírito Santo, mas não teve a solicitação atendida.
A decisão judicial que determinou a prisão preventiva de Juliana revelou que a mãe tinha conhecimento dos abusos sexuais sofridos pelos filhos.
A Prisão
O mandado de prisão por homicídio qualificado foi expedido no dia 18 de junho pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, e foi cumprido pela Polícia Civil de Minas.
De acordo a Polícia Civil do estado vizinho, Juliana Salles estava na casa de um pastor no momento da prisão, no bairro São Francisco, em Teófilo Otoni. O município é o mesmo em que Juliana Sales participou de um congresso no dia 21 de abril, data em que ocorreu o incêndio na residência onde morava com o esposo, Georgeval Alves, e os filhos.
Juliana estava em um presídio no município de Teófilo Otoni desde o dia 20 de junho.
Denúncia
A Justiça do Espírito Santo recebeu, no dia 18 de junho, a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, contra Georgeval Alves e Juliana Sales. O MPES também pediu a prisão preventiva deles, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Georgeval responderá ainda pelo crime de torturas.
Juliana é mãe de Joaquim e Kauã, mortos carbonizados em um incêndio na residência onde moravam, em Linhares, no dia 21 de abril deste ano. Georgeval é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, segundo o inquérito policial. Ele foi preso dias depois da tragédia.
De acordo com o mandado de prisão expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, ambos foram presos por homicídio qualificado. O advogado criminalista Rivelino Amaral disse que, com base no mandado, o Ministério Publico percebeu indícios de uma possível participação de Juliana Salles na morte dos filhos. Inicialmente, a Polícia Civil do Espírito Santo descartou qualquer participação de Juliana no caso.
O crime
O pai de Joaquim e padrasto de Kauã, Georgeval Alves é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, que morreram carbonizados. Ele é marido de Juliana e foi preso dias depois da tragédia.
A morte dos irmãos aconteceu em Linhares, Norte do Espírito Santo, na madrugada do dia 21 de abril. Na ocasião, mãe das crianças estava em viagem para um congresso religioso em outra cidade. Na casa, os meninos estavam sob o cuidado de Georgeval.
Após o incêndio, os corpos carbonizados dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, onde foi necessária a realização de exames de DNA para identificação.
Na segunda-feira seguinte ao incêndio, o pastor George e a esposa, Juliana Salles, mãe das crianças, estiveram no DML para o recolhimento de material para realizar os exames de DNA. Na ocasião, George relatou para a imprensa o que teria acontecido na noite do incêndio. Com informações folha vitória.