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PF prende acusados de tráfico internacional de mulheres

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (27) a Operação Harém BR, com o objetivo de combater o tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. A ação cumpre nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva, sendo cinco na Difusão Vermelha da Interpol, já que existe a suspeita de que alguns dos investigados estejam fora do Brasil.

As investigações começaram em 2019, em inquérito policial que tramita na Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba (SP), instaurado a partir de desdobramentos da denominada Operação Nascostos. Na ocasião, os policiais desarticularam um grupo de estelionatários que aplicava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.

Durante a operação em questão, os policiais identificaram que algumas das compras feitas pelos estelionatários com cartões clonados foram de passagens aéreas, que tiveram como destinatárias duas garotas de programa que viajaram a Doha, no Catar.

Uma vez identificadas essas vítimas de exploração sexual, elas relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.

Com isso, identificou-se uma rede de agenciadores/aliciadores que atua na exploração sexual tanto em território nacional quanto no exterior. Até o momento, a investigação apurou que os países nos quais houve viagens para fins de exploração sexual são Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália.

Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba, estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Goiânia (GO), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS), Lauro de Freitas (BA) e Rondonópolis (MT).

Os crimes investigados são: favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou de vulnerável; tráfico de mulheres para fins de exploração sexual; falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso; favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual; e rufianismo (ganhar dinheiro com prostituição alheia).

Fonte: Pleno News

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