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Preso piloto suspeito de envolvimento com morte de chefes do tráfico era próximo de ex-coronel da PM de SP

Felipe é apontado pela polícia de São Paulo como piloto dessa facção que matou chefes do trafico no Ceará. Gegê do Mangue e Paca, integrantes da facção criminosa PCC, foram vítimas de uma emboscada armada por facção rival

C. dr.

Edson Luiz Gaspar foi subcomandante do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PM de São Paulo. Tinha abaixo dele mais de 400 policiais e respondia por quase 30 aeronaves da PM em todo o estado.

Em 2008, a filha dele, Tamires Correa Gaspar, abriu uma empresa em sociedade com Felipe Ramos Morais, piloto preso em Goiás na segunda-feira (14) por ter participado da morte de dois chefes de uma facção criminosa de São Paulo, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, Fabiano Alves de Souza, o Paca. Felipe é apontado pela polícia de São Paulo como piloto dessa facção e já foi condenado por traficar cocaína usando um helicóptero.

A empresa se chama G. F. Assessoria Aeronáutica Ltda. Felipe Ramos Morais era sócio e administrador. A filha do coronel assinava apenas como sócia – na época, ela tinha 19 anos. De acordo com o registro na Junta Comercial de São Paulo, em março do ano passado, Felipe foi retirado da sociedade e o Coronel Gaspar, agora aposentado, entrou no lugar dele. Os dois ficaram amigos numa rede social em março de 2012. Quatro meses depois, Felipe foi preso com 173 kg de pasta base de cocaína neste helicóptero.

Atualmente, Edson Gaspar é membro do centro de investigação de acidentes aéreos, o Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira.

As iniciais G e F, da G. F. Assessoria Aeronáutica, também aparecem em outra empresa de Felipe Rramos Morais, que tem quatro helicópteros, dois deles envolvidos no transporte de drogas: G. F. Helicópteros. A mãe e a irmã do piloto têm uma terceira empresa: a G. F. Táxi aéreo.

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