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PMs doam alimentos para 7 filhos de preso por furto de comida

Um homem de 26 anos foi preso na terça-feira (28) suspeito de furtar comida de uma casa de Nova Veneza, no Sul catarinense.

No momento do flagrante, na residência dele, o suspeito contou que estava há dias sem comer, bem como a mulher e os sete filhos.

Os policiais militares que atenderam a ocorrência e a vítima do furto ficaram comovidos e doaram alimentos à família.

O homem foi solto e vai responder ao inquérito em liberdade. A casa foi furtada na segunda-feira (27), segundo a Polícia Militar.

No dia seguinte, a vítima do furto entrou em contato com a PM para indicar o possível local onde o autor do furto morava.

Os policiais foram até uma casa, no bairro Brasília, e uma mulher os deixou entrar. “Quando a gente chegou pra verificar, era uma casa de aluguel com pouco móveis. Na entrada, tinha uma carne descongelada, um peixe na mesa, e o denunciante reconheceu como dele, porque era um peixe de água salgada. Depois, embaixo do sofá, escondido em uma banheira de criança, estavam os outros alimentos”, contou o soldado Tiago Cardoso de Assis, que atendeu a ocorrência.

Segundo Assis, a mulher estava na casa com os filhos, os mais novos com 1 ano e meio e outro de apenas 28 dias. Na sequência, o homem chegou e confessou o crime. Ele foi levado à Central de Plantão Policial, preso em flagrante e depois liberado após para responder ao processo em liberdade. Ele não tinha antecedentes criminais.

A vítima do furto, Rodrigo Nazário, acompanhou os policiais na delegacia. No local, conversou com o preso. “Eu conversei com ele e ele parecia bem arrependido. Ele já estava em jejum há um dia e meio, não conseguia comida. Ele não tinha cinco ‘pilas’ para comprar pão pra menina dele. Daí eu fiquei comovido, a gente trabalha, sabe as dificuldades que tem”, contou.

De acordo com a PM, a criança mais nova teria dormido na noite anterior ao furto bebendo apenas água, por não ter o que comer. Nazário decidiu doar uma caixa de leite para a família, os policiais deram uma cesta básica e pessoas da comunidade também contribuíram com alimentos.

 

Fonte: FOLHA DO ES

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