Cartas apreendidas pela polícia nesta segunda-feira (4) mostram o plano de uma facção criminosa de realizar atentado contra órgãos do Estado. Segundo a Polícia Militar, a o grupo denominado “Facção Crime do Estado” atentaria contra a ordem pública caso não tivessem suas reivindicações atendidas pelo Estado. O material foi apreendido em Vila Nova de Colares, na Serra.
Pela carta é possível ter noção de algumas reivindicações dos criminosos. A principal queixa é acerca de revista indevida a familiares de detentos que estão no Centro de Detenção de Vila Velha. Além disso, eles alega perseguição aos parentes e falta de “Direitos Humanos na cadeia”.
O material foi encontrado com um homem a bordo de um Toyota Corolla de cor cinza. Durante patrulhamento na rua Presidente Pedreira, as equipes da Força Tática visualizaram o veículo arrancando bruscamente ao perceber a presença da polícia.
O carro foi perseguido até a rua Alfredo Galeno, onde os ocupantes do Corolla desembarcaram e passaram a efetuar disparos contra os militares, segundo o boletim de ocorrência. Após a troca de tiros, os outros dois criminosos fugiram para um matagal.
No entanto, um dos ocupantes do carro foi preso. O veículo tinha restrição de furto e roubo desde sexta-feira (2). Dentro do Corolla, os policiais encontraram a carta e um galão de gasolina.
O homem detido não teve a identidade revelada. Ele e o veículo foram encaminhados pelos policiais e entregues na 3ª Delegacia Regional da Serra.
A Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesp) en foi procurada pela reportagem. No entanto, não houve retorno até a publicação da matéria.
Por nota, a Secretaria da Justiça (Sejus) informou que “preza pela aplicação da Lei de Execução Penal de forma humanizada, garantindo a segurança do Estado e de todos os envolvidos no ambiente prisional. Os casos de agressão, quando registrados, recebem a devida apuração e medidas cabíveis. A Secretaria mantém contato com familiares dos internos para receber as reinvindicações e analisar os encaminhamentos possíveis”.
Fonte: Tribuna