Bananal Online

Polícia Federal realiza buscas na Câmara dos Deputados

Ação é 6ª fase da Operação Ápia, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal

Vista geral do Congresso Nacional / Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/AE

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira mandados de buscas na Câmara dos Deputados. Os agentes atuam em dois gabinetes da Casa tendo como alvos da ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os parlamentares Carlos Gauguim (Podemos) e Dulce Miranda (PMDB), os dois do Tocantins. Dulce é mulher do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB). Os pedidos para a ação de hoje foram feitos feitos pela Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito da 6ª fase da Operação Ápia. Outros 14 mandados de buscas, além de oito intimações, estão sendo cumpridos.

Segundo a PF, os deputados estariam envolvido em uma suposta organização criminosa que praticava direcionamento de contratos públicos para empresas que realizavam pagamento de propina, mas não executavam os serviços encomendados.

OBRAS CUSTEADAS POR DINHEIRO PÚBLICO

De acordo com as investigações, as obras investigadas foram custeadas por dinheiro público adquirido pelo estado de Tocantins junto ao BNDES tendo o Banco do Brasil como intermediário da operação. Foram vários financiamentos que totalizaram R$ 1,2 bilhão de aportes. A PF afirma que a verba teve a União como fiadora da dívida e as liberações teriam sido feitas pelo governo por meio de dois programas, o Proinveste e Proestado.

A fase deflagrada hoje também apura os supostos pagamentos de propina feitos pela Construtora Rio Tocantins (CRT), que tem como dono o delator Rossine Ayres Guimarães, além dos dois deputados federais investigados. Além de buscas na Câmara, a PF também foi às residências dos políticos. Estão sendo cumpridos mandados em Brasília, Palmas e Araguaína (TO).

A primeira fase da Operação Ápia foi deflagrada em 2016 para desarticular a suposta organização criminosa que atuava no Tocantins corrompendo servidores públicos e políticos, fraudando licitações, contratos de terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais. As investigações apontam que os valores desses contratos superaram a cifra de R$ 850 milhões.

Sair da versão mobile