A Polícia Civil está investigando o desaparecimento da jovem Daniela de Jesus Assis, de 26 anos, há oito dias, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Segundo os investigadores, Daniela não é vista desde às 9h do dia 04 dezembro, quando saiu da casa onde reside com os dois filhos, no bairro Linhares V. Ela avisou a mãe, que mora no andar de baixo, que ia na rua e que voltava logo, no entanto, não retornou e não foi mais vista.
“Ela pediu para minha avó, que mãe dela, olhar as crianças um pouco que ela ‘ia ali’ e já voltava. Ela só saiu com a roupa do corpo e não levou nada”, conta Cristiele Assis Salavador, prima de Daniela.
Segundo familiares, a jovem saiu de casa sem dinheiro e nenhuma bolsa, levando apenas o celular. O último contato que ela fez com a família foi às 09h20 por mensagem. Depois disso, não foi possível fazer ligações ou enviar mensagens ao aparelho.
“A mãe dela ficou preocupada na hora, ela nunca tinha feito isso. Ela sempre avisava, nunca foi de sumir assim e não responder”, relata a prima. Segundo ela, a família foi na delegacia no mesmo dia do sumiço mas foram orientados a voltar após 24h para registrar o desaparecimento. No entanto, essa orientação recebida não tem base legal. Segundo o Senado Federal, a recomendação é procurar a delegacia de polícia mais próxima e registrar um boletim de ocorrência assim que a ausência incomum da pessoa for percebida. Por exemplo, se a pessoa costuma chegar em um determinado horário e não apareceu e nem avisou sobre atraso, o boletim de ocorrência pode ser registrado.

O Boletim de Ocorrência foi registrado na manhã do dia seguinte ao desaparecimento – 05 de dezembro, na 16ª Delegacia Regional de Linhares, que apura o caso. Investigadores estão colhendo imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos do bairro, no intuito de refazer os últimos passos da jovem, antes de desaparecer.
A família contou aos policiais que Daniela estava separada do marido, com quem teve dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 6 anos. A principal suspeita volta-se para um homem com quem a jovem estava se relacionando a pouco tempo.
Para a prima, cada dia sem respostas só aumenta a angústia da família. Os filhos de Daniela, que estão sob os cuidados da avó materna, perguntam pela mãe o tempo todo. “A nossa maior angústia são eles perguntando por ela. A gente falou que ela está doente no hospital e vai ficar lá até melhorar. Temos medo de não a encontrar, e aí, o que vamos falar?”.
A família pede que qualquer pessoa que tenha informações que possam levar ao paradeiro de Daniela, entrar em contato com a polícia, através do Disque-Denúncia (181), ou por meio do site www.disquedenuncia181.es.gov.br.
Fonte: A Parresia