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Policia prende-Ex marido da médica enquanto trabalhava.A investigação aponta ele como mandante do assassinato

Hilário Antônio Frasson é ex-marido da médica Milena Gottardi

Hilário Frasson foi preso enquanto trabalhava a policia não tem duvidas que ele seja mentor da trama que vitimou a médica.

O policial civil Hilário Frasson, ex-marido da médica Milena Gottardi, foi preso durante a tarde desta quinta-feira (21). Ele é acusado pela Polícia Civil de ser um dos dois mandantes da morte da ex-esposa, assassinada com um tiro na cabeça quando saía do plantão na última quinta-feira (14). A informação foi dada pelo secretário de Segurança Pública, André Garcia, em coletiva realizada às 17 horas desta quinta-feira (21).

A COLETIVA

O Gazeta Online transmitiu a coletiva de imprensa ao vivo. Reveja:

 

PRISÃO DO EX-MARIDO

Hilário foi detido por volta das 17 horas enquanto trabalhava em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz Marcos Pereira Sanches da 1ª Vara Criminal de Vitória. A prisão temporária tem prazo de 30 dias.

O policial chegou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) às 17h26. Ele estava em uma viatura acompanhado de dois delegados da Corregedoria da Polícia Civil. Hilário entrou na DHPP sem algemas.

O outro acusado de mandar matar a médica é o pai de Hilário e ex-sogro de Milena, Esperidião Carlos Frasson, 71 anos. Ele foi detido às 5 horas desta quinta-feira, em Fundão.

MOTIVAÇÃO FINANCEIRA

Em entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira (21), a Polícia Civil informou que a primeira linha de investigação com relação à motivação do crime é a financeira. O homicídio teria relação com a pensão da médica e com a divisão do patrimônio do casal após a separação. Ainda segundo a PC, outras informações continuam chegando à polícia e outras linhas de investigação podem surgir.

> Em carta, médica previa a própria morte

PREMEDITADO

De acordo com a polícia, o crime foi arquitetado pelo menos 25 dias antes da execução. Hilário com o pai, Esperidião Frasson, contrataram os dois intermediários, que indicaram o pistoleiro Dionathas Alves Vieira para realizar o serviço.

Dionathas afirmou em depoimento que precisava de um veículo para realizar o crime. Ele contatou um primo, identificado como Bruno, para roubar uma moto. O veículo roubado foi encontrado na casa de Dionathas, em Fundão, no momento da prisão dele.

Em relação ao valor pago pelo serviço, ainda há contradições. Um dos intermediários afirma ter sido de graça e outro diz ter recebido R$ 2 mil.

DESCOBERTAS NO CELULAR

A polícia informou ainda que a apreensão do celular do policial civil foi importante para identificação dos envolvidos no crime. Foi através do aparelho que os policiais descobriram que havia intermediários e que o ex-sogro da vítima também estava envolvido.

Ainda segundo a Polícia Civil, desde o início, o crime não aparentava ser latrocínio, mas sim um homicídio. Após tomar conhecimento dos conflitos do casal, foi feito um monitoramento do policial.

Segundo o Secretário de Segurança Público, André Garcia, o sigilo das investigações foi decretado por conta do cargo ocupado por Hilário. “Ele conhece toda a dinâmica e tem acesso às pessoas. Por isso, foi solicitada a decretação do sigilo.”

DEFESA DIZ QUE PRISÃO É ILEGAL

O advogado e presidente da OAB-ES, Homero Mafra, que representa o policial civil Hilário Frasson, afirmou que a prisão do cliente é um equívoco. “Vamos analisar o inquérito com calma para saber qual medida tomar. Não vai ser feito de hoje para amanhã. Vamos manter a calma e estudar esse inquérito que foi sonegado da defesa. Eu espero ter acesso à integralidade do inquérito e a partir daí tomar uma medida na próxima segunda-feira”, declarou Mafra.

O advogado diz que a notícia da prisão foi recebida com indignação e reafirma que seu cliente é inocente. “Ele (Hilário) sabe que não tem nada com a história e tem a tranquilidade de quem confia no aparelho da Justiça do Estado”, declarou.

Mafra ainda afirmou que continuará com a mesma linha de defesa. “A linha de defesa não muda diante de uma prisão equivocada. Continuamos com a negativa de que ele tenha participado do crime.”

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