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Por segurança, pastor George não vai a enterro e pastora quer escolta policial para sepultar os filhos que morreram queimados

A advogada Taycê Aksacki revelou que a defesa vai entrar com um pedido de escolta na PM em decorrência de ameaças sofridas pela pastora.

O pastor George Alves, que está preso desde o dia 28 de abril no Centro de Detenção provisória de Vianna II, não vai ao enterro dos meninos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6 – mortos em um incêndio na madrugada do dia 21 de abril, numa residência no centro de Linhares. A advogada da família Taycê Aksacki informou que a defesa não entrou com o pedido para o pastor ser liberado para participar do sepultamento do filho e do enteado porque teme pela integridade física dele. “Nosso cliente vai passar pela privação de não poder enterrar o filho”, lamentou a advogada.
No final da tarde de ontem a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) confirmou que não recebeu nenhum pedido de liberação para George presenciar o velório dos meninos. Quase dois dias depois da conclusão do exame de DNA que identificou os irmãos  – os corpos dos meninos seguem no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Para conseguir a liberação dos corpos, a família precisa de uma autorização judicial, o que não havia sido concedida até a noite desta terça-feira (08).
“Entramos com uma ação no Fórum de Linhares, depois ela segue para o Ministério Público para dar vista e só então volta ao fórum, para o juiz fazer a liberação. Essa demora causa ainda mais sofrimento à família”, explicou Taycê. O superintendente de Polícia Técnico-Científica, delegado Danilo Bahiense, explicou que, como os corpos de Joaquim e Kauã permaneceram por mais de 15 dias no DML, os familiares precisam obter o chamado registro tardio de óbito para liberá-los. No entanto, para que o documento seja emitido, é necessária uma autorização judicial.
Pastora quer escolta
A advogada revelou que a defesa vai entrar com um pedido de escolta na Polícia Militar para que a pastora Juliana Salles, mulher do pastor George Alves, participe do sepultamento dos filhos Joaquim e Kauã com mais segurança. A mãe dos meninos tem recebido ameaças. De acordo com a advogada, não há confirmação do local do enterro e é provável que não tenha um velório. “Temos medo da reação das pessoas por causa da reprecussão do caso. O enterro não pode ser aberto, será necessário todo um cuidado.”
Com informações dos portais Gazeta Online e Folha Vitória.
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