O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou a proposta dos Estados Unidos da América para ser retirado do país.

“A guerra está aqui. Eu preciso de munições, não de uma boleia”, respondeu Zelensky, de acordo com um oficial da inteligência norte-americana, citado pela agência Associated Press.
Zelensky, de 44 anos, escolheu assim ficar na Ucrânia durante a ofensiva militar russa. A família do Presidente já foi retirada do país.
“Vou ficar em Kiev com meu povo, assim como minha família. Eles não nos querem na OTAN. Ninguém quer lutar por nós. Sou grato a todos os países que fornecem ajuda real, não apenas apoio moral” Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano.
Em resposta ao pedido dos EUA para evacuar Kiev, Zelensky disse que precisava de “munição, não uma carona”.
Impossível não se impressionar com sua coragem e patriotismo.
Ficam três perguntas:
1. Considerando que seus aliados da OTAN a deixaram na mão, ainda faz sentido para o povo ucraniano lutar pelo direito de soberania às custas da destruição do país e de muitas mortes de ucranianos?
2. Se a resposta à 1ª pergunta for sim, sem participação direta dos EUA e da Europa Ocidental na guerra, sozinha a Ucrânia têm condições de impedir o avanço russo, ganhar a guerra e manter sua soberania? Ou, o mais provável é que, no máximo, vai conseguir arrastar uma longa guerra de guerrilha, aumentando o custo da ocupação para os russos, mas às custas de transformar a Ucrânia em um campo de batalhas por anos e com um futuro incerto após um eventual fim da ocupação, similar ao que aconteceu recentemente e ainda acontece na Síria, Iraque ou Afeganistão?
3. Caso o cenário mais provável seja o último, ainda faz sentido para os ucranianos combater os russos?
Imagino que cada um dos ucranianos esteja se fazendo perguntas parecidas com estas. O que você acha? O que você faria se fosse o Brasil e fossem você e sua família que tivessem que tomar estas decisões?
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