Felismino Ardizzon poderá ser afastado imediatamente do cargo de prefeito se a Câmara de vereadores aprovar requerimento de comissão processante

O vereador Francisco de Assis Campi acaba de requerer ao presidente da Câmara Municipal de Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, a instalação de uma Comissão Processante para apurar irregularidades praticadas pelo prefeito Felismino Ardizzon (PSB) no uso do Fiat Toro, placa PPH 0665.
Caso a solicitação do vereador seja deferida, Felismino será afastado do cargo pelo prazo máximo de 90 dias, para que os trabalhos sejam realizados sem o perigo de sua intervenção.
O vereador tomou a decisão de requerer a abertura da Comissão Processante contra o prefeito, depois de requerer informações a respeito do uso do veículo e o prefeito respondeu afirmando que o carro pertencia ao Fundo Municipal de Saúde e servia para atender viagens para reuniões e treinamento.
Disse, ainda, que por atender demandas diversas, o veículo não possui motorista exclusivo, razão pela qual não possui pasta de diárias e nem relação das diárias pagas. A instalação da Comissão Processante será votada na próxima sessão e, caso aprovada, Felismino será imediatamente afastado para não atrapalhar os trabalhos da comissão.
O uso irregular do veículo é grave, pois segundo apuração, a picape, já percorreu mais de 120 mil quilômetros, o que, segundo pessoas entendidas do assunto, para que o Município conseguisse percorrer tamanha distância teria que fazer reuniões e treinamentos fora da cidade praticamente todos os dias, e ainda assim não conseguiria uma quilometragem tão alta.
“Felismino nunca respeitou patrimônio público. Em todas suas administrações sempre agiu como se fosse o dono do Município e como se Rio Bananal fosse a casa da mãe Joana. Só que agora a coisa vai ficar feia. Não estamos mais nos tempos do coronelismo, quando ele fazia tudo como queria e ninguém se atrevia a desdizê-lo”, comenta o morador Álvaro José Costa da Silva.
O vereador disse esperar que os demais colegas do legislativo votem a favor da instalação da Comissão Processante, para que se apure o uso indiscriminado de veículo oficial e em que o veículo foi usado.