O presidente eleito de Madagáscar, Andry Rajoelina, assumiu o cargo hoje, após prestar juramento perante os nove juízes do Supremo Tribunal Constitucional, em Antananarivo.
De acordo com a Constituição, Rajoelina jurou “executar com virtude” a sua função de presidente da República de Madagáscar e usar os seus poderes “para garantir e fortalecer a unidade nacional e os direitos humanos”.
“Esta é uma nova página que se abre na história da nação e esperamos que em cinco anos, a unidade nacional esteja fortalecida”, disse o presidente do Tribunal, Jean Éric Rakotoarisoa, durante a cerimónia no estádio municipal Mahamasina.
Pela primeira vez na história da ilha, habituada a crises políticas desde a sua independência de França em 1960, a investidura do Presidente ocorreu na presença dos seus rivais eleitorais e dos anteriores chefes de Estado, entre os quais Didier Ratsiraka, Marc Ravalomanana e Hery Rajaonarimampianina.
Na sexta-feira, novamente pela primeira vez na história do país, uma transferência de poder foi feita entre dois Presidentes eleitos, Rajaonarimampianina e Rajoelina.
“É histórico, é a ilustração de uma transferência democrática de poder, o respeito aos valores republicanos”, disse Rajaonarimampianina à imprensa à saída do palácio presidencial.
A eleição presidencial, cuja segunda volta foi realizada a 19 de dezembro, foi palco de uma grande disputa entre Ravalomanana e Rajoelina.
No poder a partir de 2002, Ravalomanana foi forçado a renunciar em 2009 depois de uma vaga de protestos violentos fomentados por Rajoelina, na época autarca de Antananarivo.
Rajoelina foi então colocado pelo exército à frente de uma presidência de transição que deixou em 2014.
Ambos foram proibidos de concorrer à presidência em 2013, como parte de um acordo de resolução da crise e validado pela comunidade internacional.
A justiça malgaxe validou a 8 de janeiro a vitória de Rajoelina, sem surpresas, rejeitando todas as acusações de fraude do seu rival Marc Ravalomanana.
FONTE:NOTICIA AO MINUTO