“Temos a previsão da construção de 2,1 mil vagas físicas e ampliação do monitoramento eletrônico até chegar a 3 mil monitorados, o que daria um total de 5,1 mil vagas. Além disso, estamos com um trabalho de captação de recursos, e com ele teremos a capacidade de construir mais 1,4 mil vagas”, disse.
A Defensoria Pública do Estado acompanha a situação nos presídios e diz que um dos problemas é a quantidade de presos provisórios, que são aproximadamente 8 mil.
“São aquelas pessoas que ainda não possuem nem uma condenação em primeiro grau. Essas prisões, muitas vezes, estouram o tempo razoável do processo e precisam ser relaxadas”, explicou Marcello Paiva de Melo, coordenador de execução penal da Defensoria.
Em setembro, os defensores fizeram um mutirão e analisaram aproximadamente 6 mil processos. Para Marcello, as condições do presídio influenciam diretamente na ressocialização do detento e, por isso, é importante que problemas como a superlotação sejam evitados.
“Uma pessoa, quando entra no Centro Penitenciário, uma hora vai ter que sair. E ela precisa sair, se possível, melhor, com algum estudo que recebeu lá dentro, aprender um ofício, para que possa ser reintegrada à sociedade”, disse.