Professores da rede municipal de ensino entraram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (27). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), a categoria reivindica aumento no valor dos vencimentos, além do pagamento de parcelas atrasadas.
Conforme a entidade que representa a categoria, os servidores municipais querem o cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional da Educação, que este ano foi reajustado em 12,84%, refletindo em todas as carreiras.
A decisão pela greve saiu na última quarta-feira (19), quando os trabalhadores concursados da rede municipal, em assembleia na Associação Médica de Minas Gerais, decidiram pela paralisação dos serviços.
Negociação
A negociação dos professores com o executivo municipal já teve um atrito no final do ano passado, quando as aulas foram suspensas durante 16 dias, também por reivindicação do reajuste salarial.
Na ocasião, a Prefeitura de BH propôs reajuste acumulado de 7,2%, índice que representava a recomposição da inflação acumulada no período 2017/2020.
O aumento foi acordado que seria concedido em duas vezes, sendo 3,78% a partir de janeiro de 2020, referente à inflação de 2019, e, em dezembro de 2020, outros 3,30%, relativos à inflação até a data da concessão, resultando no acumulado de 7,2%.
Retorno
A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte, mas ainda não obteve resposta.
Veja abaixo as reivindicações da categoria:
– Recomposição do Piso Salarial Municipal da Educação (nível 1), das carreiras de professores, pedagogos, Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs) e auxiliares de escola de acordo com o Piso Salarial Nacional Profissional da Educação. 12,82%, já;
– Implementação das 7h de planejamento;
– Reorganização da perícia médica, fim da terceirização e da política para readaptação funcional;
– Apresentação do projeto de reajuste dos aposentados sem paridade referentes a 2018, 2019 e 2020, com retroativo.
– Descentralização dos recursos de manutenção das escolas.
– Reorganização dos cargos e funções dos Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs).
Professores denunciam:
– A política de centralização dos cadastros, que deixou vários estudantes fora das salas de aula, enquanto existem salas ociosas nas escolas.
– A redução do número de salas de aulas em funcionamento, que poderá gerar inclusive o fechamento de escolas em um curto período.
– O aumento excessivo dos contratos terceirizados, tanto em número quanto em montante de recursos investidos da educação. Isso representa um verdadeiro ralo de escoamento de recursos da educação.
Fonte: Hoje em Dia