Por meio de um relatório, o Escritório de Direitos Humanos da ONU pediu a reforma urgente no policiamento durante os protestos na Colômbia. O documento aponta que as forças de segurança foram responsáveis por 28 mortes de manifestantes.
De 28 de abril a 31 de julho deste ano, o órgão na Colômbia recebeu 63 alegações de mortes causadas por protestos contra o governo. Até o momento, a organização apurou 46 óbitos, dois deles de policiais e 76% das vítimas foram mortas a tiros.
De acordo com o relatório, foi usada força desproporcional dos agentes contra manifestantes pacíficos e muitos foram atacados sem que as forças de segurança intervissem. A ONU pediu a abertura de uma investigação independente e transparente sobre o caso. Além dos assassinatos, o documento inclui 60 casos de violência sexual, alegadamente cometida por policiais. Deste número, 16 já foram verificadas pelo Escritório de Direitos Humanos.
No período destacado, colombianos foram às ruas para criticar desigualdades econômicas e sociais no país, que foram agravadas em função da pandemia por covid-19. Em abril, ocorreu uma greve nacional contra a deterioração da situação econômica na Colômbia e as marchas, que persistiram por várias semanas, foram reprimidas pela polícia local.
Fonte: SBT