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Quadrilha que explodiu agência bancária em Vila Velha é de MG e teve apoio de capixabas

Ao todo, cinco pessoas foram presas suspeitas de participação no crime, ocorrido em fevereiro deste ano. Dois dos criminosos foram detidos em Belo Horizonte

Cinco pessoas foram presas suspeitas de integrar a quadrilha que explodiu e assaltou uma agência bancária do Banco do Brasil, no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, no dia 21 de fevereiro deste ano. Dois dos suspeitos foram detidos em Minas Gerais e os outros três, no Espírito Santo.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha é chefiada por Geraldo Antônio dos Santos Júnior, vulgo Jacaré. Ele foi preso pela polícia capixaba, na última quarta-feira (04), em um posto de combustíveis no bairro Glória, em Belo Horizonte.

Horas depois, a equipe da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio localizou e prendeu Adilson Basílio de Azevedo Júnior, o Parente. Segundo a polícia, ele tentou fugir de Belo Horizonte ao saber que Geraldo estava preso. As investigações apontam que os dois fazem parte de uma quadrilha especializada em roubos a banco, que atua em Minas Gerais e que tentou se expandir para terras capixabas.

Ainda de acordo com a polícia, os mineiros tiveram apoio de três pessoas que moram no Espírito Santo e que também foram presas: Alexandre Nani Coutinho, preso no dia 3 de março; a namorada dele, Lenice dos Santos, presa no dia 13 de março; e Michael Willian Lima, preso no último dia 26. Segundo as investigações, os três auxiliaram na logística do crime, com promessa de pagamento.

“O Alexandre receberia R$ 1 mil para, além de conseguir a casa, esconder as armas antes do crime e depois levá-las para Belo Horizonte. Ele recebeu apenas R$ 500. A Lenice dos Santos não recebeu qualquer pagamento e o Michel William também recebeu um pequeno pagamento em pecúnia”, ressaltou o titular da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio, delegado Romualdo Gianordolli.

O crime

O assalto aconteceu no dia 21 de fevereiro, por volta das 4 horas. Cinco pessoas armadas e mascaradas participaram da ação. Três renderam os clientes de um bar que fica ao lado da agência bancária e que estava lotado na hora do crime e dois entraram no banco usando um pé de cabra para forçar a porta.

Os criminosos usaram explosivos para abrir os caixas eletrônicos e fugiram levando dinheiro. O carro usado na fuga dos bandidos foi abandonado na estrada do dique do Rio Jucu. No local, o bando encontrou com um dos comparsas, que estava em outro carro e os levou até Ponta da Fruta, onde eles estavam escondidos.

Segundo a polícia, a quadrilha cometeu falhas na execução do crime. Em depoimento, os criminosos contaram para o delegado que não esperavam que o bar ao lado do banco estivesse tão cheio. Eles também afirmaram que tiveram prejuízo com a ação, porque os caixas eletrônicos estavam abastecidos com pouco dinheiro.

A polícia também identificou a participação de cada um no assalto. Segundo as investigações, Alexandre dirigiu o carro da fuga, guardou as armas usadas no assalto e foi encarregado de transportá-las de volta a Belo Horizonte depois do crime. Lenice disponibilizou a própria casa para esconder o armamento. Michael alugou o imóvel onde a quadrilha se escondeu. Adilson foi o responsável por detonar os explosivos dentro do banco. Já Geraldo, considerado o chefe da quadrilha, foi um dos que rendeu os clientes do bar.

Todos os suspeitos estão presos pelos crimes de roubo majorado e organização criminosa. Outros três envolvidos ainda não foram encontrados. Um deles, segundo a polícia, entrou com Adilson na agência e os outros dois ficaram do lado de fora, com Geraldo.

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