Um prejuízo de R$ 1 milhão por dia. Esse foi o dano que uma quadrilha causou à mineradora Vale com o roubo de fios de cobre dentro da empresa.
Segundo o delegado Romualdo Gianordoli, titular do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), a quadrilha era especializada nesse tipo de crime e investia o dinheiro no tráfico de drogas em São Geraldo, na Serra.
O prejuízo estimado pela polícia inclui, além do valor dos produtos roubados, as consequências da interrupção da produção da mineradora.
O líder do tráfico no bairro, Cleberson Oliveira da Silva, conhecido como Keké, e o cúmplice Maycon Pereira Aguiar estão presos. Outras quatro pessoas chegaram a ser presas, mas já estão soltas.
O delegado disse que o bando começou a ser desarticulado após um roubo a vigilantes da mineradora, em 24 de outubro do ano passado.
O ataque aconteceu um dia após Hernane Dias Cavalcante Junior ser preso pela PM escondendo drogas em um terreno da Vale. Ele foi solto na audiência de custódia e, a mando de Keké, teria ido até a mineradora, com Maycon e outro cúmplice, e roubado coletes, armas e celulares dos vigilantes.
No dia 13 de novembro de 2018, Maycon e a mulher, Beatriz Nunes Batista, foram presos em casa, com materiais da Vale. Em dezembro, os coletes foram recuperados.
No dia 12 de março deste ano, Keké foi preso por envolvimento no roubo das armas. Já Phillipe Rodrigues
Soares, foi detido por furto de cabos elétricos, em 17 de abril. Ele foi reconhecido como um dos envolvidos no ataque aos vigilantes.
A polícia descobriu que Maycon conversava com outro bandido, Werlles Alves Rosalino, 21, e combinava os roubos de fios de cobre da empresa. Werlles foi preso no último dia 11 de julho e confessou os crimes. Já Hernane está foragido.
Segundo a Vale, após as prisões, os roubos de cabos da mineradora caíram 43%. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que, dos seis detidos, apenas Maycon e Keké permanecem presos.
Fonte: Tribuna