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Quadrilha suspeita de furtar R$ 600 mil de banco é presa no ES

Dois integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de carga do Rio de Janeiro foi presa no Espírito Santo, nessa quarta-feira (29). Eles são suspeitos de terem arrombado e furtado R$ 600 mil, um banco de Guarapari, na região metropolitana de Vitória, em dezembro de 2018. Além dos dois, um estava preso desde janeiro e outro suspeito está foragido.

Os criminosos foram presos após uma investigação da Delegacia Especializada de Roubo a Banco (DRB), em um sítio de luxo, no Recanto do Congo, em Vila Velha.

De acordo com o delegado Romualdo Gianordolli, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), a polícia conseguiu chegar até o grupo depois de uma sequência de acontecimentos. Entenda:

  • No dia 5 de dezembro, uma carga é roubada em Colatina;
  • No dia 8 de dezembro, a quadrilha arromba e furta o banco em Guarapari;
  • No dia 10 de dezembro, a carga roubada em Colatina é apreendida no município de Leopoldina, em Minas Gerais. Junto com a carga, havia R$ 22 mil em moedas de um centavo.

Dinâmica

A polícia aponta que cinco pessoas participaram do arrombamento do banco. Para acessar o cofre, eles entraram pela parte de trás da agência, quebrando a janela de uma cozinha que não tinha câmera.

Dentro do banco, eles entraram na sala de videomonitoramento e cortaram os cabos do sistema de câmeras e alarme. Os criminosos usaram um maçarico para abrir o cofre. Foi levado do banco aproximadamente R$ 600 mil. “Eles trabalharam no cofre por 3 horas”, disse o delegado.

Para fugir com o dinheiro, eles usaram um carro modelo Fiorino. Outro carro seguia na frente indicando onde teria fiscalização.

Investigação

Segundo o delegado Gianordolli, quando a carga roubada em Colatina foi encontrada com dois desses criminosos em Leopoldina, em Minas Gerais, junto com a carga estava R$ 22 mil em moedas de um centavo. Isso ligou o grupo ao assalto. Informações da própria instituição bancária diz que essa quantia de moeda no valor encontrado só tinha na unidade de Guarapari.

Além das moedas, também foram encontradas na carga envelopes da transportadora de dinheiro que presta serviço para o Banco do Brasil.

Na prisão dessa carga, um criminoso foi preso, o outro, na tentativa de fugir da polícia, pulou do caminhão, bateu a cabeça e acabou morrendo. O suspeito detido foi liberado pela justiça de Minas Gerais. Em janeiro, ele voltou a ser preso.

Com a descoberta das moedas e dos envelopes da transportadora, foi feita a ligação entre o roubo de carga e a quadrilha que furtou o banco.

Para a investigação que levou a prisão dos três homens, a polícia do Espírito Santo recebeu informações de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde os integrantes presos também integram uma facção criminosa.

O delegado explica que eles não eram jovens e já tinham várias passagens pela polícia. “É uma quadrilha extremamente especializada. Eles estavam na faixa etária de mais de 40 anos”.

Depois de uma denúncia, a polícia chegou a propriedade onde estavam os dois suspeitos. No local, foram encontrados documentos falsos e uma arma. Um suspeito conseguiu fugir e está foragido.

“Pela quantia que eles roubaram tinham como arcar com as regalias. O imóvel tinha piscina, churrasqueira, cavalos de raça. Eles teriam outras propriedades, não ficavam sempre em Vila Velha”, explicou o delegado.

Lavagem de dinheiro

A polícia investiga agora o esquema de lavagem do dinheiro roubado em uma segunda fase da operação. O delegado afirma que os criminosos eram donos de supermercados e transportadoras que funcionam de fachada para o esquema,.

“Existia um esquema de lavagem de dinheiro. Eles tinham supermercados e uma transportadora no Rio de Janeiro. É uma ampla rede para escoar a mercadoria roubada e o próprio dinheiro. Essa quantia está sendo sempre lavada e vamos fazer uma segunda fase para descobrir como era lavado esse dinheiro e de que forma esse dinheiro era transformado”.

FONTE: G1 ES

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