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Queda nos preços de alimentos e transporte faz inflação de junho ser a menor do ano

Com queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos, a inflação recuou em junho para 0,01%, 0,12 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior, informou nesta sexta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foi a menor taxa de inflação desde novembro de 2018, quando a inflação fechou em queda de 0,21%.

Em 12 meses, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a taxa de inflação oficial) ficou em 3,37%, a menor desde maio de 2018. A meta do Banco Central é 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Foi o segundo mês seguido de desaceleração, após um início de ano com o IPCA pressionado justamente por combustíveis e alimentos. Em junho, as maiores contribuições negativas vieram dos grupos Alimentação e bebidas e Transportes (-0,25% e -0,31%, respectivamente).

De acordo com o IBGE, a deflação do grupo Transportes foi provocada por queda de 2,41% no preço dos combustíveis, com destaque para a gasolina (-2.04%).

Compras em supermercado (Foto: Dayana Souza — 02/12/2018)

A sensação de inflação alta contribuiu para os baixos índices de aprovação do governo Jair Bolsonaro no primeiro semestre. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda, 48% dos brasileiros esperam aumento dos preços. Este foi o maior motivo de apreensão dos entrevistados, acima inclusive do desemprego.

Economistas, porém, vêm revendo para baixo suas expectativas para o fechamento do ano. O último relatório Focus do Banco Central aponta para 3,89%, 0,09 ponto percentual a menos do que um mês atrás.

A inflação de 12 meses teve grande recuo já em maio, quando caiu de 4,94% para 4,66%, com impacto também da retirada de maio de 2018 – naquele mês, o indicador foi bastante pressionado pela greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.

No primeiro semestre, a inflação brasileira acumulou 2,23%, contra 2,60% no mesmo período do ano anterior.

Para 2020, o Banco Central perseguirá inflação de 4%, caindo 0,25 ponto percentual por ano até atingir 3,5% em 2022.

Fonte: Tribuna

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