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Rio teve 24 dias de chuva em fevereiro, segundo meteorologista

mês de fevereiro no Rio teve apenas quatro dias sem chuva. As informações constam em levantamento feito pelo Instituto Climatempo a pedido do G1. Os dados foram obtidos no Sistema Alerta Rio, da prefeitura carioca. Para março, que começa nesta quinta-feira (1º), a expectativa é que “haja bastante chuva, mas nada comparado a fevereiro”, segundo o metereologista Alexandre Nascimento.

E quem vive na cidade sentiu os efeitos desse fevereiro chuvoso. Em pleno verão, temporais atingiram a cidade deixando mortos e outras centenas de pessoas desalojadas. O dia 14 do mês passado, inclusive, entrou para a história do monitoramento do Alerta Rio como o que teve o maior volume acumulado de chuva durante uma hora. O recorde foi registrado na região do RioCentro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Em outro local de aferição daquele bairro, no ponto Barra/Barrinha, foi observado o maior volume de chuva acumulado durante o mês: 332,4 milímetros de água. A quantidade de água registrada naquele posto impressionou os técnicos do Climatempo porque representou um aumento de 264% na média de chuva para aquele local.

Rua Figueiredo de Magalhães, em Copacabana, fica alagada com a chuva desta quarta (Foto: G1 Rio)

Rua Figueiredo de Magalhães, em Copacabana, fica alagada com a chuva desta quarta (Foto: G1 Rio)

Geralmente, na Barrinha, chove 91,3 mm em fevereiro. Isso significa que choveu aproximadamente três vezes mais do que a média naquela região. No total, a chuva de fevereiro de 2018 foi 42 vezes maior do que o mesmo mês do ano passado, que teve um total de apenas 8 mm.

Já o bairro com menor volume de chuva foi Campo Grande, que acumulou 114,4 mm nos 28 dias de fevereiro. Ainda assim, o instituto aponta que esse volume ficou 19% acima da média de chuva para aquele local, que é de 96,5 mm. E, ainda, o volume significa que choveu sete vezes mais do que em fevereiro de 2017. No ano passado, em Campo Grande, fevereiro fechou com apenas 15,6 mm de chuva acumulados.

Para março, conforme análise do meteorologista Alexandre Nascimento, “ainda há expectativa de bastante chuva para o Rio de Janeiro na primeira quinzena do mês”. “Depois a chuva dará uma trégua e só volta um pouco mais forte no fim de março”, esclarece o profissional.

É previsto que em março chova mais do que o normal, mas nada comparável ao mês de fevereiro.

Em um mês, três dias de chuva intensa

Em fevereiro, o Rio teve três dias de chuva forte, que provocou alagamentos e estragos em vários pontos.

  • Terça-feira (27)

Na terça-feira (27), a chuva atingiu vários bairros da cidade na noite de terça-feira (27). Ruas ficaram alagadas em diversas regiões causando 3 interdições nos bairros da Lapa, Centro e Catete.

Um total de 10 bolsões d’água foram registrados pelo Centro de Operações da prefeitura do Rio. A Defesa Civil acionou sirenes em seis comunidades nas regiões do Centro, Estácio e Tijuca.

Ruas do Centro do Rio ficaram alagadas (Foto: Reprodução/TV Globo)

Não só a capital do estado sofreu com a chuva intensa, houve registro de chuva forte também na Baixada Fluminense, principalmente em Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Ruas ficaram debaixo d’água e congestionamento intenso foram provocados pela chuva. Em Caxias, a força da água derrubou inclusive um muro de um cemitério, espalhando corpos em ruas próximas.

  • Sexta-feira (23)

Os municípios de São Gonçalo e Niterói também foram vítimas das cheias. Na sexta-feira (23), segundo a prefeitura de Niterói, a cidade ficou em Estágio de Atenção e, em 48 horas, choveu na cidade 86,5% do esperado para todo o mês de fevereiro. A prefeitura informou ainda que nenhuma sirene precisou ser acionada e não houve registros de feridos.

Moradora registra alagamento na rua Doutor Carlos Halfeld, em Icaraí (Foto: Fabiana Freire / Arquivo Pessoal)

  • Quinta-feira (15)

Na madrugada de quinta-feira (15), quatro pessoas morreram durante o temporal que atingiu o Rio. De acordo com a Casa Civil, a chuva foi a mais volumosa da história do Rio em um período de uma hora e deixou cerca de 2 mil pessoas desabrigadas. A tempestade causou interdições, falta de energia, alagamentos e derrubou um trecho da ciclovia Tim Maia, na Zona Oeste.

Ciclovia Tim Maia tem trecho afundado em São Conrado após temporal (Foto: Bárbara Carvalho/GloboNews)

*Colaborou Yasmim Restum

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