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Robôs vão reduzir o salário de metade da população em 10 anos

Em todas as atividades econômicas, a tendência é de que a mão de obra humana diminua à medida em que o uso da inteligência artificial e da automação aumente. Essa situação já é uma realidade, conforme um estudo feito pelo Federal Reserve de São Francisco, nos Estados Unidos.

O material, desenvolvido pela instituição que faz parte do sistema do banco central americano, aponta que houve redução nos salários do país devido à queda na participação da mão de obra humana, de 63% para 56%, de 2000 a 2018.

Especialistas reforçam que essa situação irá se acirrar em todo o planeta, inclusive no Brasil, com o avanço tecnológico, reduzindo o salário de pelo menos metade da população na próxima década. Há quem considere até que a maioria será prejudicada, como o economista Marcelo Loyola Fraga.

Marcelo Minutti disse que o mercado vai ter muito mais profissionais do que vagas e alertou: “É preciso se reinventar”. (Foto: Divulgação)

A especialista em Pessoas e Carreiras Gisélia Freitas detalhou que o uso maior de máquinas leva empregadores a poderem reduzir a jornada de alguns cargos, o que contribui para diminuir salários.

Entre as profissões afetadas estão as de advogado, contador e bancário. No Brasil, inclusive, há escritórios de advocacia que contam com apoio de advogados robôs.

Para o presidente do Sindicato dos Advogados do Estado (Sindiadvogados), Luiz Télvio Valim, a advocacia ainda será realizada por humanos por muito tempo e cada vez mais humanizada e sensível.

Contudo, ele reconhece que a automação pode contribuir para a redução da jornada e do salário. “Com a redução da carga horária, pode haver redução nos salários ou a situação poderá se converter em mais tempo para mais demandas”.

Gisélia lembrou que, em alguns setores, a base salarial dos empregados reduziu muito. “Quem busca recolocação tem dificuldade de manter o salário que tinha antes.”

Ela diz que isso se deve ao avanço tecnológico e à situação econômica do País. “Há empresas que demitem para contratar mais barato, considerando a tecnologia, para ter equipes e jornada menores.”

Para o professor de Inovação e Futuro dos Negócios do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, Marcelo Minutti, o mercado terá muito mais profissionais do que vagas. “É preciso se reinventar.”

Profissões que serão afetadas,

Advogados

Médicos

Secretária

Bancários

Operador/telemarketing

Taxistas/motoristas

Operador de caixa

Contadores

Fonte: Tribuna

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