Bananal Online

Rostam Paiva de 27 anos, assumiu os negócios do pai, e atualmente toma frente de praticamente todas as funções da produção de leite, desde alimentação do rebanho, ordenha e inseminação, até a parte burocrática

A sucessão aconteceu de forma gradativa, com o filho sempre participando do dia a dia

O JOVEM Rostam Ferreira Paiva, o zootecnista que atende no local, Osvaldo Neves Alves Filho, e o pai do produtor, João Paiva Neto.

Na pequena propriedade, situada na comunidade do Córrego Margem do Rio Preto, no município de Água Doce do Norte-ES, o jovem Rostam Ferreira Paiva, hoje com 27 anos, assumiu os negócios e atualmente toma frente de praticamente todas as funções da produção de leite, desde alimentação do rebanho, ordenha e inseminação, até a parte burocrática.

O pai, João Paiva Neto, acompanha tudo de perto, mas garante que dá autonomia para o filho cuidar das tarefas. “No início fiquei receoso, mas fui vendo o desenrolar e crescimento da atividade, com o devido acompanhamento técnico, por meio do programa Leite Certo Veneza, e fui ficando animado. Agora ele (filho) toma conta de tudo sozinho”, assegura o pai.

A sucessão aconteceu de forma gradativa, com o filho sempre participando do dia a dia, mas iniciando nas atividades em 2014, e assumindo, de fato, em 2017. No começo o lucro era pouco. Com 22 vacas em lactação, o produtor tirava em média 120 litros de leite por dia. Hoje, ele conta com 12 vacas produzindo leite, mantendo uma média de 150 litros diariamente.

Segundo o produtor, essa média será melhorada nos próximos dias. Isso porque ele se viu obrigado a retirar de lactação algumas vacas, que tiveram atraso no cio, por causa da seca que atingiu o extremo em 2017. “Nossa meta é chegar nos 300 litros por dia ainda este ano com as vacas que vão parir. Chegamos a tirar 280 litros por dia, em plena seca de 2016, mas fomos obrigados a reduzir o número de animais. Apesar disso, estou bastante otimista porque sei que é questão de tempo”, diz Rostam.

A afirmação é confirmada pelo técnico que atende no local, o zootecnista Osvaldo Neves Alves Filho. “Ele começou receber assistência em 2014, momento em que começou a enxergar a atividade com mais profissionalismo. Hoje em dia o negócio é consistente. Temos tudo anotado: gastos, custos e ganhos. Isso é essencial para projetarmos o futuro. É um planejamento feito de forma consciente, o que nos dá a certeza de que um melhor resultado virá em breve”, afirma o técnico, ao concluir dizendo que as vacas e novilhas começam a parir no mês de outubro.

A propriedade é formada por 4 hectares de terra, sendo 2.8 em piquetes e 1.2 de cana para produção de alimento volumoso.

Melhoramento genético

Além do aumento na produtividade com um número menor de animais, outro fator que chama a atenção é a melhoria da qualidade genética dos animais. “Hoje temos um plantel que, se falarmos de valor econômico, vale até quatro vezes mais do que aquilo que tínhamos há poucos anos. Quero dizer com isso que o aumento na produção de leite é o primeiro fator a ser analisado, porém, precisamos olhar também para o patrimônio que estamos construindo, sem investimentos mirabolantes, mas com a correta mudança no manejo. O que já construímos aqui dentro da propriedade tem muito valor”, celebra Rostam.

As inseminações artificiais são feitas pelo próprio produtor no local. A primeira novilha foi inseminada com 20 meses de idade, mas com base na correção do protocolo e o bom trabalho voltado para o ganho de peso, animais já estão sendo inseminados aos 16 meses de idade.

O produtor participa do Programa de Melhoramento Genético do Governo do Estado.

Resistência no início

Quando Rostam Ferreira Paiva decidiu entrar para o Programa Leite Certo Veneza, em 2014, o pai João Paiva Neto não foi favorável. “Hoje é essa assistência técnica e os benefícios do programa que nos mantém animados. Com o acompanhamento de um profissional da área, tudo funciona. Nossa realidade mudou para muito melhor, diante dos resultados positivos”, conclui João.

Fonte Correio9.

Sair da versão mobile