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Roubo de carro na região de Rio Bananal aumenta a procura e faz preço do seguro subir 15% no Estado

Principalmente por conta do grande número de carros roubados durante a greve dos policiais militares, ocorrida em fevereiro de 2017, o preço do seguro dos carros disparou no Estado.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o seguro de veículos teve um aumento médio de 15,37% na Grande Vitória, no acumulado dos últimos 12 meses.

Para se ter uma ideia, no mesmo período, a média nacional na variação dos preços foi de 1,59%,
quase 10 vezes inferior à da região metropolitana. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Ronaldo Vilela, os 21 dias de paralisação dos policiais no ano passado foram primordiais para esse aumento acumulado.

“Com a eclosão da greve, o índice de roubos e furtos de veículos mais do que dobrou no Estado. Isso é um aumento expressivo. Com o equacionamento do problema e o retorno da PM às atividades, o índice caiu, mas não voltou mais ao patamar anterior”, frisou.

Vilela explica que, basicamente, são dois os componentes de formação de preços dos seguros automotivos: o índice de furtos e roubos de veículos e a reparação dos danos em caso de acidentes.

“O índice de roubos e furtos tem se tornado o componente predominante, com um peso cada vez
mais expressivo no cálculo dos preços”, ressaltou Vilela.

Já o 1º vice-presidente do Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguros do Estado
(Sincor-ES), José Alexandre Cid Pinto, afirma que os dados do IBGE representam uma média e que
há seguradoras que reajustaram os valores em percentuais ainda maiores.

“Tem seguradora que aumentou mais o preço de determinados modelos, dependendo do que a crise
da segurança pública representou para a empresa”, afirmou.

Pinto acredita que carros mais populares, que são os mais fáceis de serem roubados ou furtados, tiveram aumentos mais significativos nos preços dos seguros.

“Senti muito no caso do modelo Uno, da Fiat, que realmente houve um aumento expressivo. As camionetes também sofreram com essa elevação. No entanto, isso varia de seguradora para seguradora. Não são aumentos lineares para todo mundo”, destacou o vice-presidente do Sincor-ES.

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