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Secretário de Saúde demitido por fala polêmica continua em prefeitura

Vereadores fizeram um ofício pedindo ao prefeito de Aracruz que retire Pestana do órgão administrativo

 

Foto: Reprodução

O ex-secretário municipal de Saúde de Aracruz, exonerado na última sexta-feira (6) após fala polêmica em sessão na Câmara, permanece trabalhando na prefeitura. Ivan Pestana acumulava os cargos de secretário da Saúde e de Suprimentos: como foi exonerado apenas da Saúde, segue trabalhando normalmente no prédio da prefeitura. A remuneração para cargo de secretário no município é de R$ 12 mil, mas, apesar do acúmulo de função, a assessoria da prefeitura informou que ele recebia apenas por um cargo ocupado.

A permanência de Pestana no órgão administrativo incomodou os vereadores da cidade que, durante sessão da Câmara, leram em plenário o ofício pedindo ao prefeito a exoneração de Ivan também da secretaria de suprimentos.

 DOCUMENTO  O ofício [.PDF]

O ofício foi assinado por 10 dos 13 vereadores da Câmara: Celson da Farmácia, Mônica Cordeiro, Adeir Lozer, Beto Negreiro, Alexandre Manhães, Carlinhos de Josiel, Dileuza Marins, Toni Loureiro, Lula e Romildo Broetto.

A vereadora Mônica Cordeiro fez uma publicação em sua rede social exibindo o ofício e cobrando repostas do prefeito. “Se o prefeito entender que deve mantê-lo como secretário, que venha a público se explicar com o povo aracruzense”.

Acionada pelo Gazeta Online, a Prefeitura de Aracruz informou que Ivan Pestana permanece no cargo de Secretário Municipal de Suprimentos pela sua experiência na área e pelo seu empenho a frente da pasta, trabalhando com eficiência e otimizando os recursos.

A EXONERAÇÃO DA PASTA DA SAÚDE

Na última sexta-feira (6), após a repercussão negativa de uma afirmação infeliz durante sessão na Câmara Municipal de Aracruz, o secretário de Saúde foi exonerado. A confirmação da saída de Ivan Pestana foi dada pelo prefeito da cidade, Jones Cavaglieri. Conforme reportagem publicada pelo Gazeta Online, Pestana, ao ser questionado em relação às condições das unidades de saúde da cidade, disparou: “A pessoa só morre quando chega a hora”.

 

VEJA VÍDEO

Episódio ocorreu durante sessão especial da Câmara na tarde da última quinta-feira (5)

Os vereadores discutiam sobre atendimento médicos nas unidades de saúde, estrutura dos prédios públicos (reforma e construção) e outros tópicos relacionados à qualidade do atendimento ao cidadão. Ao ser indagado pelo vereador Celson da Farmácia (PRB) sobre o que poderia ser feito para melhorar o atendimento nas unidades de Saúde do bairro Coqueiral, que estaria precário, de acordo com o vereador, o secretário respondeu: “Com todo respeito, só morre quando chega a hora”.

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O vereador rebateu dizendo. “O senhor falou que a pessoa só morre quando chega a hora? Não senhor, eu não concordo com isso…Quando eu trabalhei no hospital, nós ajudamos pessoas a voltar à vida. Acho que o senhor está equivocado com relação a isso. Se a pessoa não tiver um socorro imediato, ela morre mesmo. É um absurdo você falar um negócio desses. Você tem que tomar mais conhecimento do que fala”, finalizou.

Fonte: Gazeta Online

 

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