Um dia após ser nomeado para o cargo de subsecretário de Administração Geral substituto da Secretaria de Saúde, Sergio Luiz de Souza Cordeiro determinou a suspensão do teletrabalho aos servidores da Saúde. O documento, ao qual o Correio teve acesso em primeira mão, foi assinado na sexta-feira (4/9).
Conforme a decisão, todos os funcionários que estão trabalhando remotamente, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, deverão retornar às atividades presenciais nos respectivos setores a partir de terça-feira (8/9). O grupo inclui médicos, enfermeiros, técnicos e pessoas do grupo de risco. A reportagem entrou em contato com a secretaria e aguarda retorno.
Os servidores da SES estão em regime de home office desde 19 de março. A medida foi adotada para prevenir o contágio do novo coronavírus, considerando a classificação de pandemia, e engloba funcionários que fazem parte do grupo de risco e que conseguem trabalhar em casa.
Nomeação
Sergio Luiz de Souza Cordeiro assumiu, nesta sexta-feira, um dos cargos com ocupante afastado da Secretaria de Saúde após deflagração da Operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O então assessor especial do gabinete foi nomeado para a posição de subsecretário da Subsecretaria de Administração Geral da pasta.
Até agosto, o cargo de subsecretário de Administração Geral do órgão era ocupado por Iohan Andrade Struck, afastado pelo governador Ibaneis Rocha após investigações apontarem possível envolvimento em esquema de fraude na aquisição de testes rápidos para covid-19. Após o afastamento dele, havia ocupado temporariamente a vaga Emmanuel de Oliveira Carneiro.
Iohan é o único que ainda não se apresentou às autoridades, apesar do mandado de prisão. Originalmente, a defesa alegou forte suspeita de infecção por coronavírus, o que foi descartado pelos exames.
Segundo a defesa, no entanto, ele recebeu orientação médica para permanecer em isolamento por apresentar sintomas, como febre e tosse, semelhantes aos caracterizados na covid-19. De acordo com o advogado, Alexandre Adjafre, ele vai se apresentar às autoridades quando cessarem os sintomas. Não há prazo para quando isso deva acontecer.
Fonte: Correio Braziliense