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Superbactérias: doenças estão se tornando resistentes aos tratamentos

Uso indiscriminado de antibiótico por qualquer motivo e interrupção dos tratamentos é o principal fator para a resistência das bactérias

Bactérias resistentes aos antibióticos, também conhecidas como superbactérias, representam atualmente uma das principais ameaças à saúde pública mundial.  As infecções bactericidas estão se tornando cada vez mais comuns e algumas delas são resistentes a praticamente todos os antibióticos existentes.

Muitas pessoas estão consumindo antibióticos de forma desordenada e algumas interrompem os tratamentos iniciados, fatores que estão contribuindo para aumentar a resistências das bactérias e tornando-as super resistentes aos antibióticos.

O enfermeiro intensivista e gerontólogo, Sandro Calefi relatou que é notado um aumento importante de incidências relacionadas às de complicações das doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças pulmonares. “Nem todas as doenças precisam de antibióticos. É preciso que o paciente seja avaliado e, se for necessário, o antibiótico é escolhido para destruir somente aquela bactéria causadora da infecção. É preciso entender que nem todos os casos de gripe e dor de garganta, por exemplo, precisam ser tratados com antibiótico, daí a importância de buscar atendimento médico para a escolha do melhor tratamento”.

As doenças crônicas se tornam graves quando elas perdem a estabilidade, gera aumento de internações e maior prejuízo para o organismo do doente. Uma doença crônica descompensada gera no mínimo sete a 10 dias de internação, e internação é sinônimo de medicações mais potentes. “As mais perigosas são as doenças cardiovasculares. Tem maior risco de complicações e de letalidade, ou seja, maior risco de morte. Eles levam a risco de AVC, infarto, insuficiência cardíaca e vascular”, disse o clínico geral Eduardo Barcellos Ribeiro.

Alerta 

É importante lembrar que as bactérias multirresistentes são aquelas que não conseguem ser combatidas com os antibióticos comuns, que temos disponíveis nas farmácias e que podem ser administrados em casa. “Essas bactérias multirresistentes são um grande problema, pois algumas delas também são resistentes até aos antibióticos de ultima geração. O tratamento para essas baterias são mais demorados e de alto custo, e que podem causar danos severos ao organismo da pessoa que está sendo tratada”, alertou Sandro Calefi.

O médico disse que o problema está se agravando, pois, mesmo com as ponderações para a aquisição do antibiótico, o uso indiscriminado por qualquer motivo é o fator principal. “Interromper o ciclo do antibiótico quando a pessoa começa a apresentar melhora também é um fator que contribui para que a bactéria se torne resistente. O tempo prescrito deve ser respeitado, pois, apesar de começarmos a sentir as melhoras com poucos dias, o antibiótico ainda não terminou de matar todas as bactérias ele apenas reduziu a quantidade delas no organismo”, completou.

Se prevenir fazendo as vacinações tanto do calendário infantil como do adulto e idoso. Manter hábitos de vida saudáveis que inclui atividade física, boas noites de sono, beber bastante líquidos, evitar locais de aglomerações, principalmente agora no período de outono inverno são boas alternativas para fugir das doenças do trato respiratórios, que são frequentes nessa época do ano e também são as doenças que costumam evoluir para quadros mais graves.

FONTE: FOLHA VITÓRIA

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