Autoridades de Taiwan informaram, nesta 6ª feira (5.ago), que aeronaves e navios foram mobilizados em resposta aos exercícios militares da China no entorno da ilha. Segundo o Ministério da Defesa, o exército também implantou sistemas de mísseis terrestres para monitorar as atividades dos soldados chineses.
O cenário acontece em meio à tensão entre os países, e os Estados Unidos, devido à reivindicação da China por Taiwan – separadas em 1979 devido à uma guerra civil. Os exercícios militares foram iniciados um dia após a presidente do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, deixar a ilha, onde prometeu defesa para o país.
Apesar dos testes de mísseis balísticos atingirem pousarem em águas a leste de Taiwan, as autoridades não acionaram alertas de ataque aéreo. Isso porque os equipamentos foram lançados acima da atmosfera o que, conforme o ministério, não representou risco à ilha. Acredita-se que 11 mísseis foram lançados pela China em áreas ao entorno de Taiwan.
Repercussão
Após as atividades chinesas, autoridades do Japão pediram o “fim imediato” das manobras militares, programadas para ocorrer até domingo (7.ago). Segundo o governo local, cinco mísseis aterrissaram supostamente na zona econômica exclusiva do país, sendo que quatro deles podem ter sobrevoado Taiwan.
Em pronunciamento, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, condenou as ações da China e classificou os disparos como um “sério problema que afeta a segurança nacional e a segurança dos cidadãos”.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse esperar que a China não “procure um pretexto para aumentar as operações militares agressivas”. A declaração foi sustentada por Pelosi, que afirmou que os Estados Unidos não permitirão que a China isole Taiwan.
F9onte: SBT