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Tiros em Suzano: Como foi o ataque que matou estudantes e funcionários de escola na Grande SP

Um ataque a tiros à escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), deixou ao menos dez mortos e outras nove pessoas feridas.

Antes invadirem a escola, os dois jovens atiradores balearam Jorge Antonio Morais, dono de uma locadora de carros na região onde roubaram o veículo usado para chegar à escola. Essa primeira vítima passou por cirurgia na Santa Casa em Suzano, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Minutos depois do assalto, segundo a Polícia Militar de São Paulo, os jovens Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique Castro, 25, entraram pela porta da frente da escola onde ambos estudaram. Ali, mataram a tiros a coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezo e a funcionária Eliana Regina de Oliveira Xavier.

O ataque foi feito durante o intervalo, quando os alunos se concentram fora das salas de aula. No horário do crime, só havia estudantes do ensino médio na escola.

Em seguida, a dupla se encaminhou até o pátio da Professor Raul Brasil, onde atiraram em cinco alunos. Na sequência, se dirigiram ao centro de línguas dentro da escola, mas estudantes conseguiram se trancar na sala com a professora.

Foi neste momento, segundo a polícia, que os dois atiradores se suicidaram em um dos corredores da escola.

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Image captionAutoridades diante de escola em Suzano

“É um atentado de alguém que não tem o domínio de suas próprias faculdades”, afirmou Marcelo Vieira Salles, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Durante o ataque, uma câmera de segurança registrou alunos fugindo pela porta da frente e até pulando o muro.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o general João Camilo Pires de Campos, a força tática da polícia chegou à escola cerca de oito minutos depois do início do ataque.

Armamento

De acordo com a Polícia Militar, os atiradores que atacaram na escola de Suzano utilizaram um revólver de calibre 38 de numeração raspada e tinham jet loaders. Os jet loaders são acessórios plásticos dotados de uma mola que auxiliam a recarregar o tambor de um revólver com muito mais rapidez do é feito manualmente – cápsula por cápsula.

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Apesar de a venda de armas ter restrições no país, o acessório pode ser encontrado facilmente em lojas e até mesmo online em sites de vendas. Nos anúncios, as peças são oferecidas por cerca de R$ 40.

A escola foi esvaziada porque havia no local um artefato potencialmente explosivo, mas o material era falso, informou o governo.

Segundo o comandante-geral da polícia, os dois atiradores também portavam uma besta e um machado.

“Foi a nossa cena mais triste que já vi na minha vida”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a jornalistas na região da escola.

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Image captionAlunos fugiram do ataque pelo portão ou pulando o muro

O Censo Escolar de 2017 aponta que a escola tem mais de mil alunos, que cursam do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

O governador se dirigiu à cidade para acompanhar o atendimento aos feridos.

Doria afirmou a jornalistas no local que ficou muito abalado com o que presencionou na escola. “Antes de tudo às vítimas, aos pais, aos familiares das crianças, dos funcionários e dos homicidas, a nossa solidariedade. Foi a nossa cena mais triste que já vi na minha vida.”

Fonte: BBC

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