Parentes de vítimas mortas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, contaram que viram maras de violência nos corpos. A Polícia Militar nega que houve tortura. Um inquérito policial militar vai investeigar as circunstâncias da troca de tiros na região no final de semana.
Em nota, a Secretaria de Estada da Polícia Militar do Rio de Janeiro disse que “não recebeu nenhum registro formal” de denúncia de tortura. Mas, os parentes que estiveram ontem (22.nov) no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó descrevem violência nos corpos. “Torturaram o meu irmão. Foram como se fossem pegar rato. Furaram o olho dele, quebraram o braço. Esfaquearam ele.”, diz a irmã de uma das vítimas, que não quis se identificar. Outra moradora, disse que o rosto do parente que tinha envolvimento com o tráfico de drogas estava irreconhecível.
O Ministério Público designou um perito legista para acompanhar com os peritos do estado os exames nos corpos e acompanhar os trabalhos.
Em nota, a Defensoria Pública apontou preocupuação com a chacina no mangue do Salgueiro “houve descumprimento da decisão liminar da ADPF 635, pois a operação só foi comunicada no sábado à tarde, embora tenha começado de manhã. E, segundo a liminar, a operação precisa ser justificada imediatamente ao MP”.
A reportagem do SBT Rio mostrou ao vivo a chegada das autoridades para fazer a perícia nos corpos encontrados no mangue por moradores, acompanhe:
Pelo twitter, o SBT Rio também registrou a chegada — com aplausos — dos policiais, após os moradores terem recolhido os corpos no mangue: